Febre do morango do amor tem explicação? Veja o que dizem especialistas
A alta demanda pelo doce “Morango do Amor” tem movimentado confeitarias em todo o Brasil. O sucesso nas redes sociais fez o produto viralizar e impulsionou as vendas, colocando as equipes de produção em ritmo acelerado.
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“A meta era 800 morangos, mas vendemos duas mil unidades”, conta Kalícia França, dona de uma doceria em Campo Grande (MS).
Segundo ela, em apenas duas semanas, já foram vendidos mais de 6 mil doces, uma representatividade de 30% no faturamento da loja.
“Nunca vimos algo parecido nesses 8 anos de confeitaria aqui. A demanda está superando a Páscoa”, afirmou.
Kalícia conta que muitos clientes compram entre 10 e 30 unidades de uma vez. A expectativa é que as vendas continuem altas até a próxima semana, com novos recordes entre terça e quinta-feira. “Um grande presente para todas as confeitarias”, comemora.
Ela lembra que o doce já era conhecido, mas nunca teve tanta procura como agora. Depois de viralizar na internet, a busca cresceu de forma imediata.
Apesar das várias versões do doce que circulam nas redes sociais, Kalícia afirma que vai manter apenas a versão com morango, por causa da alta demanda e da capacidade de produção.
“Não temos a intenção de fazer outras versões, apesar de achar todas bem legais. A demanda do morango já ocupa bastante tempo da nossa produção, que precisa conciliar os pedidos do dia a dia com os do Morango do Amor”, afirma.
No fim de semana, mesmo com as vendas na loja, o foco principal será atender às encomendas.
Com o crescimento acelerado da demanda e o consequente aumento no custo de aquisição dos morangos nos centros de distribuição, o preço do doce precisou sofrer reajuste de R$ 8 para R$ 10.
“Mesmo com esse ajuste, o preço continua competitivo, e seguimos priorizando a qualidade e a experiência do consumidor.”
Outras confeiteiras também estão lucrando
A empreendedora Isabelly Cristine Ortega Pereira produz doces em casa para entrega. Ela conta que inicialmente não iria adicionar o doce no cardápio, mas devido à alta demanda dos clientes, começou a produção. No início, foram feitas apenas 30 unidades.
Atualmente, a média de produção está entre 80 a 100 morangos por dia, mas a confeiteira explica que mesmo com o aumento, ainda não consegue atender a todos os pedidos, inclusive os que vêm de outras regiões de Campo Grande.
A confeiteira explica que a rotina de conciliar a produção do morango do amor com os outros itens do cardápio é um desafio.
“Está uma loucura. Tô enlouquecendo. Eu já trabalhava com isso, então eu não tive problema na produção. Ter já uma estrutura boa na minha cozinha também agiliza, mas eu ainda não consigo atender a todos, porque são muitos pedidos”.
A confeiteira Deborah Melo também incluiu o item ao cardápio. Ao g1, a empresária relatou que a alta demanda foi uma surpresa logo nos quatro primeiros dias de teste, quando vendeu 200 unidades.
Para atender os clientes, precisou suspender as encomendas e vender somente a pronta entrega. Deborah explica que as vendas do “Morango do Amor” já superam as vendas da Páscoa, período em que a demanda da loja cresce consideravelmente.
“Eu acho que a demanda da Páscoa foi muito boa, mas a procura do morango do amor tá o dobro. As pessoas estão procurando muito, tá uma febre de morango do amor, chega a ser assustador. As pessoas estão procurando loucamente pelo morango do amor. É uma Páscoa fora de época”.
Produção do ‘Morango do Amor’ em doceria bateu recorde de vendas e empresária aposta em mais uma semana em alta.
Renata Fontoura/TV Morena
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