A UPM, fabricante de celulose finlandesa, divulgou seu relatório financeiro semestral de 2025, destacando os efeitos de um cenário global instável no segundo trimestre do ano. A companhia registrou vendas de € 2,4 bilhões, com EBIT (Earnings Before Interest and Taxes – em português, Lucro Antes de Juros e Imposto) comparável de € 126 milhões, uma queda de 31% em relação ao mesmo período de 2024. O fluxo de caixa operacional foi de € 179 milhões.
Segundo Massimo Reynaudo, presidente e CEO da companhia, as tensões comerciais e a desvalorização do dólar impactaram fortemente os negócios de celulose e papéis para comunicação. “O início promissor do ano sofreu uma reviravolta negativa no segundo trimestre. Os anúncios de tarifas causaram incerteza no comércio global, o que enfraqueceu a demanda e o dólar americano. Isso teve um impacto negativo, especialmente nos negócios de celulose e papel para comunicação”, afirmou.
A UPM Fibres foi impactada pelas paradas de manutenção nas fábricas de Paso de los Toros (Uruguai) e Kymi (Finlândia), além da desaceleração das entregas à China durante o auge das tensões comerciais. Já a UPM Biofuels registrou entregas recordes e atingiu o ponto de equilíbrio, enquanto a refinaria de bioquímicos em Leuna, na Alemanha, iniciou com sucesso o primeiro dos três processos principais, marcando avanço estratégico no setor de descarbonização.

O primeiro semestre de 2025 fechou com vendas de € 5,046 bilhões e EBIT comparável de € 413 milhões, 20% abaixo de 2024. Apesar da retração, a UPM mantém sólida posição financeira, com dívida líquida de € 3,31 bilhões e relação dívida líquida/EBITDA de 2,12.
A empresa anunciou medidas para alinhar a produção de papel à demanda, incluindo o fechamento das unidades de Ettringen (Alemanha) e da linha de papel em Kaukas (Finlândia), que juntas representam 13% da capacidade total. A estratégia busca eficiência e mitigação de custos em um mercado desafiador.
No segundo semestre, a empresa espera benefícios vindos de menores custos variáveis, reembolsos de energia e desempenho mais resiliente em materiais avançados, embora preços mais baixos da celulose e maior manutenção possam pesar sobre os resultados.
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