Acre decreta emergência por causa da seca


Acre decreta emergência por causa da seca
O Acre decretou emergência por causa da seca.
Há mais de 25 anos, o seu Antônio transporta pessoas e mercadorias pelo rio Acre, mas a navegação está cada vez mais difícil.
“Às vezes me dá uma tristeza porque o outro catraieiro disse que desistiu daqui. Eu continuo aqui, vejo até onde vai dar, onde eu ver que não deu mais, vou ter que parar também”, diz Antônio Viana, barqueiro.
No primeiro semestre, choveu muito menos do que o esperado no estado. Em julho, apenas 8 milímetros, enquanto o volume previsto era de 29 milímetros. Com a estiagem, aumentam também os focos de queimadas.
“Então acarretou todo em uma seca mais severa, então o governo do estado decreta situação de emergência para fortalecer ainda mais com recursos complementares do governo federal”, explica o coronel Carlos Batista, coordenador da Defesa Civil Estadual.
A água que abastece a capital vem do rio Acre. Com o nível tão baixo, 42 comunidades utilizam caminhões-pipa.
Cinco meses atrás, o rio Acre passava dos 15 metros em Rio Branco. Agora, o cenário é bem diferente. É possível ver as madeiras que ficam no fundo do rio e andar sobre elas. O nível hoje é de um 1,49m, perto da menor cota já registrada, que é de 1,23m.
Em Cruzeiro do Sul, produtores rurais tem problemas para escoar as mercadorias.
“Está muito difícil para nós que moramos na beira do rio Juruá. Ruim de viajar, canoa batendo em pau, em cima de raso, na areia, em todo canto”, diz Francisco Nascimento, produtor.
Acre decreta emergência por causa da seca
Reprodução/TV Globo
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