As facções e o crime organizado estão vencendo?

Andressa Conceição, de 31 anos e Sophia Vial, de 15 anos, foram em mortas em ataque de criminosos (Fotos: Reprodução/Redes sociais)

A barbárie que se instalou na Grande Santa Rita, em Vila Velha, não é um evento isolado, mas a manifestação mais cruel de um conflito que precisa ser encarado de frente.

A segurança pública é uma atribuição compartilhada, e a falta de integração efetiva entre União, estados e municípios é um obstáculo gigantesco. Há iniciativas em andamento tanto do Governo do Estado quanto do Governo Federal, por exemplo, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado. No entanto, o problema é tão complexo e enraizado que as ações, por mais que existam, são insuficientes.

É preciso reconhecer que o que vem sendo feito não tem funcionado na velocidade e na intensidade desejadas. É preciso reconhecer também que a sociedade tem se mostrado apática, principalmente quando os crimes acontecem em bairros periféricos.

Não é de hoje que determinadas regiões vivem sob o comando de facções criminosos, ainda que durante muito tempo o Estado e as forças de segurança tenham negado a existência de facções criminosas no Espírito Santo.

A morte de Andressa Conceição, de 31 anos e da adolescente, Sophia Vial, de 15 anos, no último sábado, vítimas de um tiroteio entre traficantes, é prova cabal e inconteste de que estamos perdendo a guerra para o crime.

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Os discursos se repetem, as operações policiais se repetem, mas as facções criminosas vão ganhando território e a população fica a mercê.

A lei passa a ser definida pelo tráfico, inclusive no que diz respeito ao desenvolvimento econômico e social da região. Inúmeros são os relatos de empresas que não podem oferecer os serviços para a população por que os traficantes não permitem.

É preciso dar um basta! Chega dos mesmos discursos, das mesmas táticas. Chega de normalizarmos a violência. A sociedade capixaba não pode mais ignorar a situação.

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