Policial penal suspeito de matar a companheira já perseguiu ex-namorada


Rodrigo Caldas, suspeito do feminicídio contra Priscila Azevedo Mundim.
Reprodução/Redes Sociais
O suspeito de matar a companheira na tarde deste sábado (16), no bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste de Belo Horizonte, já teria perseguido uma ex-namorada. Rodrigo Caldas foi até o trabalho da mulher, de 47 anos, que registrou um boletim de ocorrência contra ele.
Segundo o registro, a vítima relatou ter sido informada por uma colega que Rodrigo ficou na porta do prédio onde trabalhava, por cerca de duas horas, no dia 3 de dezembro do ano passado. Na ocasião, ela havia trocado de turno e não estava no local.
A mulher também informou que era perseguida por Rodrigo há cerca de um ano, desde o fim do relacionamento, que durou um ano e meio.
Na ocorrência, a vítima ainda declarou que recebia ligações e mensagens do ex-companheiro. Inclusive, no dia que Rodrigo foi ao trabalho dela, ele teria entrando em contato dizendo que iria a procurar em casa, já que a mulher não queria respondê-lo.
O crime
Priscila Mundim, de 46 anos, foi morta a facadas, na tarde deste sábado (16), em um apartamento no bairro Padre Eustáquio. O corpo de Priscila foi encontrado no quarto do imóvel, que fica no segundo andar de um prédio na Rua Vereador Geraldo Pereira. Havia muito sangue espalhado pelo local, segundo o Corpo de Bombeiros.
De acordo com a polícia, o suspeito é o namorado da vítima e policial penal afastado, Rodrigo Caldas. Na noite anterior ao crime, o casal esteve na casa do primo de Priscila, onde discutiram por motivos considerados banais.
Uma das brigas teria começado após uma brincadeira sobre futebol. Outra discussão aconteceu depois que Priscila tirou uma selfie, o que teria incomodado Rodrigo, que exigiu estar na foto e que ela a publicasse.
Rodrigo Caldas tentou tirar a própria vida com um corte na barriga e foi socorrido pelo SAMU. Ele foi encaminhado, a princípio, ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A unidade não divulga o estado de saúde dos pacientes.
Priscila mantinha relacionamento com o suspeito há cerca de cinco meses e deixa dois filhos, um rapaz de 22 anos e uma menina de 11.
Afastado do cargo
Em nota, a Sejusp informou que o “policial penal suspeito do crime estava afastado das atividades desde janeiro de 2024, por motivos psiquiátricos” e que “o armamento institucional do servidor já havia sido recolhido desde então”.
O Departamento Penitenciário (Depen) afirmou que será instaurado um procedimento administrativo pela Corregedoria e que está à disposição para auxiliar as investigações.
A Polícia Civil investiga o caso.
Policial penal é suspeito de matar namorada em BH
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