Especialistas confirmam que tremor registrado em Ponta Grossa não teve origem natural


Será que não tem mesmo terremoto no Brasil? E tsunami?
A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) confirmou que o tremor registrado em Ponta Grossa na tarde de sexta-feira (15) não foi um terremoto, já que não teve origem natural. Segundo os especialistas, tratou-se de um evento antrópico – ou seja, em decorrência de atividades humanas.
A organização pública responsável por monitorar atividades sísmicas do território nacional destacou que o motivo da vibração sentida pelos moradores da cidade dos Campos Gerais do Paraná foi um desmonte; ou seja, a extração de minérios de uma jazida.
Como o g1 informou anteriormente, o Corpo de Bombeiros contatou as empresas mineradoras que ficam na região do município e uma delas confirmou que, próximo ao horário do evento sentido pela população (15h24), realizou operações de detonação na mina Bocaina – Sagrado Coração.
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O local fica a cerca de 22 quilômetros de distância do Centro da cidade. A empresa informou ao Corpo de Bombeiros que a detonação foi acompanhada pelo Exército Brasileiro e que a ação é feita, em média, a cada dois meses.
Tremor foi registrado em Ponta Grossa
Obsis/UNB
Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o tremor registrou uma intensidade de 2,6 mR (magnitude regional) na escala Richter.
▶️ A escala Richter é usada para medir a magnitude de um tremor ou seja, a quantidade de energia liberada durante a vibração. O terremoto de maior magnitude já registrada foi de 9,5, que ocorreu no Chile em 1960.
Em Ponta Grossa, não foram apontadas vítimas, nem estragos a propriedades.
Moradores de pelo menos sete bairros relataram sentir o tremor: Jardim Carvalho, Neves, Uvaranas, Boa Vista, Chapada, Nova Rússia e Contorno.
Moradores de pelo menos sete bairros relataram sentir o tremor em Ponta Grossa
Arte/RPC
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Magnitude
De acordo com a universidade americana Michigan Tech, o potencial de danos que cada intervalo de magnitude causa é das seguintes dimensões:
Até 2,5: Não chega a ser sentido, mas os sismógrafos registram.
De 2,5 a 5,4: É sentido, mas causa apenas pequenos danos.
De 5,5 a 6: Danos a edifícios e outras estruturas.
De 6,1 a 6,9: Causam muitos danos em áreas densamente povoadas.
De 7,0 a 7,9: É um grande terremoto, com danos sérios, como prédios destruídos, em áreas habitadas.
De 8,0 ou mais: É um terremoto ainda mais forte, que pode destruir totalmente comunidades perto do epicentro.
Rede Sismográfica Brasileira
Coordenada pelo Observatório Nacional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (ON/MCTI), com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), a Rede Sismográfica Brasileira é a organização pública responsável por monitorar a sismicidade do território nacional através de suas quase 100 estações sismográficas espalhadas pelo país.
As estações são operadas pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) e Observatório Nacional (ON).
“O papel da RSBR é justamente monitorar e analisar os eventos sísmicos que ocorrem no país, com o objetivo de esclarecer à sociedade a sua real natureza”, explica o Dr. Gilberto Leite, sismólogo do Observatório Nacional.
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