Polícia Civil indicia cinco pessoas por esquema de furto de café em São Sebastião do Paraíso, MG


A Polícia Civil indiciou cinco pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de furto de café em São Sebastião do Paraíso (MG). Segundo as investigações, um compartimento secreto instalado em máquinas de beneficiamento era usado para desviar parte da produção de produtores da região.
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Foram três semanas de apurações até que a polícia concluísse que os suspeitos planejaram e furtaram grãos de pelo menos quatro cafeicultores do Sul de Minas. De acordo com as investigações, cerca de 10% do café colhido ficava com o grupo.
O delegado Eduardo Lange explicou como o esquema funcionava. “A partir do momento do furto desse café, eles de alguma forma escamoteavam a origem, ocultando que era de origem lícita e com certeza no mercado aqui de Paraíso ou de outras regiões”, afirmou.
Polícia Civil indicia cinco pessoas por esquema de furto de café em São Sebastião do Paraíso
Reprodução EPTV
A Polícia Militar chegou até os suspeitos após denúncias. Dois caminhões usados no transporte foram apreendidos.
“O Judiciário emitiu dois mandados de busca e apreensão. Nós fomos até a fazenda e logramos êxito na prisão de três autores. Recuperamos cerca de 40 a 45 sacas de café e fizemos a prisão dos autores. Também apreendemos dois automóveis e duas motocicletas”, disse o comandante da PM em São Sebastião do Paraíso, Robson Henrique Oliveira.
No total, foram indiciados dois proprietários dos caminhões e três funcionários que operavam as máquinas adulteradas. A Polícia Civil informou que eles deverão responder por furto qualificado, crime que pode resultar em até 16 anos de prisão.
De acordo com o delegado Eduardo Lange, as provas técnicas e os depoimentos de produtores confirmaram o crime.
Polícia Civil indicia cinco pessoas por esquema de furto de café em São Sebastião do Paraíso
Reprodução EPTV
“Era necessário o conhecimento dos proprietários das máquinas, bem como dos funcionários, porque o mecanismo de desvio era acionado ou desacionado no local. É um delito grave, qualificado pelo emprego de fraude e pelo concurso de duas ou mais pessoas, o que torna a conduta mais gravosa e causa maior prejuízo às vítimas”, disse.
Casos semelhantes já haviam sido investigados pela Polícia Civil em 2017, quando 32 máquinas foram apreendidas em cidades como Machado, Serrania, Muzambinho, Alterosa, Nova Rezende, Botelhos e São Pedro da União. Na época, produtores também tiveram até 10% do grão desviado por adulteração nos equipamentos.
O comandante da PM destacou a importância da participação da comunidade para a elucidação dos crimes. “É muito importante as denúncias feitas pelos moradores da zona rural e produtores de café, para que essas informações cheguem até a patrulha rural e à inteligência, possibilitando a resposta esperada pela população”, completou.
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