Ministro de Israel intensifica ataque a Lula e o associa ao Irã

Ministro de Israel intensifica ataque a Lula e o associa ao Irã

O relacionamento diplomático entre Brasil e Israel passa por um de seus momentos mais delicados da história. As discordâncias em torno do conflito em Gaza resultaram em uma série de medidas concretas e acusações públicas severas, aprofundando um fosso entre os dois países.

A mais recente investiva partiu do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz. Em uma publicação na rede social X, escrita em português, ele dirigiu críticas diretas e contundentes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Katz classificou Lula como um “antissemita declarado e apoiador do Hamas”.

A acusação está vinculada à decisão do governo brasileiro de retirar o país da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), da qual era membro observador desde 2021. A saída ocorreu em junho, em um contexto de fortes críticas brasileiras à conduta de Israel na guerra.

Uma Decisão que Ampliou o Conflito

Para o governo israelense, a retirada do Brasil da aliança foi interpretada como um alinhamento com nações hostis. O ministro Katz afirmou que, com essa atitude, Lula colocou o Brasil “ao lado de regimes como o Irã, que nega abertamente o Holocausto e ameaça destruir o Estado de Israel”.

A publicação foi acompanhada por uma imagem gerada por inteligência artificial. Nela, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, aparece atrás do presidente Lula, segurando cordas de marionete, como se estivesse o controlando. A mensagem visual reforçava a alegação de que o Brasil estaria sob influência iraniana.

Katz também declarou que Israel sabe como se defender contra o que chamou de “eixo do mal do islamismo radical”, mesmo sem o apoio de Lula e seus aliados. Ele finalizou sua mensagem dizendo que é uma “vergonha para o maravilhoso povo brasileiro” ter Lula como presidente, mas expressou esperança por dias melhores na relação bilateral.

O Longo Caminho até a Crise Atual

A tensão não começou agora. O ponto de inflexão mais agudo ocorreu em fevereiro de 2024. Na ocasião, o presidente Lula comparou a ação militar de Israel em Gaza ao Holocausto sofrido pelos judeus na Segunda Guerra Mundial.

A declaração provocou uma reação imediata e furiosa do governo de Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou Lula como *persona non grata* no país. Como resposta, o Brasil retirou seu embaixador em Tel Aviv para consultas. Além disso, o governo brasileiro não deu andamento ao processo de homologação do novo embaixador indicado por Israel, Gali Dagan.

A situação diplomática se aprofundou nesta segunda-feira, 25 de agosto. Israel anunciou o rebaixamento do nível de suas relações diplomáticas com o Brasil e retirou oficialmente o pedido de nomeação de seu embaixador designado para Brasília. Atualmente, a embaixada de Israel no Brasil está sem um chefe de missão titular.

A Resposta Brasileira aos Ataques em Gaza

Paralelamente às rusgas diplomáticas, o governo brasileiro continuou a se manifestar sobre os eventos em Gaza. O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota condenando veementemente o bombardeio israelense que atingiu o hospital Nasser, na cidade de Khan Younis.

O ataque, ocorrido na manhã de segunda-feira, resultou em pelo menos 20 mortos. Entre as vítimas estavam trabalhadores humanitários e cinco jornalistas. O Itamaraty convocou a comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas a instaurar uma investigação independente, imparcial e transparente sobre o incidente. O objetivo da investigação seria garantir a responsabilização dos autores do ataque.

Do lado brasileiro, a justificativa para sair da aliança sobre o Holocausto foi dada pelo assessor presidencial Celso Amorim. Ele explicou que o governo se sentia “manipulado” pela IHRA, sugerindo que o organismo estava sendo usado para outros fins beyond sua missão original de combater o antissemitismo.

Esse Ministro de Israel intensifica ataque a Lula e o associa ao Irã foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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