
No alto das montanhas Tian Shan, na fronteira entre o Quirguistão e a China, uma história de resistência humana e esperança familiar captura a atenção do mundo. A alpinista russa Natalia Nagovitsina, também conhecida como Natasha, enfrenta uma luta pela vida no pico Jengish Chokusu, a 7.010 metros de altitude.
No dia 12 de agosto, durante a descida do cume também chamado de Pico da Vitória, Natalia sofreu uma grave queda e quebrou a perna. O acidente a deixou imobilizada em um local remoto e de acesso extremamente difícil, iniciando um drama que já dura mais de duas semanas.
As operações de resgate enfrentam obstáculos quase intransponíveis. A altitude superior a 7.000 metros apresenta condições extremas, com oxigênio rarefeito e temperaturas glacialmente baixas. A tragédia marcou uma das tentativas de salvamento quando o alpinista italiano Luca Sinigaglia perdeu a vida durante os esforços para alcançar Natalia.

Natalia quebrou a perna enquanto tentava descer o Pico da Vitória (East2West)
As condições climáticas severas têm sido o maior inimigo. Pesadas nevascas e ventos fortes forçaram a suspensão das buscas no dia 23 de agosto. As autoridades do Quirguistão declararam que o tempo simplesmente não permite qualquer operação aérea ou terrestre com segurança.
No entanto, uma voz se levanta com firmeza contra a decisão de encerrar as buscas. Mikhail Nagovitsin, filho de Natalia de 27 anos, mantém a certeza inabalável de que sua mãe ainda está viva. Ele descreve Natalia como uma alpinista experiente e em excelente condição física, perfeitamente equipada e preparada para situações de sobrevivência extrema.
Mikhail baseia sua esperança em uma imagem concreta. Ele recebeu uma filmagem de drone capturada sete dias após o último contato. Nas imagens, é possível ver Natalia acenando ativamente com a mão, demonstrando vitalidade e consciência plena de sua situação.
Ele fez um apelo público para que as autoridades, pelo menos, realizem um novo voo de drone para procurar por sinais de vida. Diante da interrupção oficial dos trabalhos, Mikhail decidiu escalar seu pedido. Ele agora busca o apoio do governo russo, do presidente Vladimir Putin, para organizar uma missão de reconhecimento aéreo com drones.

Mikhail acredita que sua mãe ainda está viva (East2West)
O jovem questiona a decisão de desmobilizar a equipe de resgate. Ele menciona que havia uma previsão de bom tempo para 25 de agosto, mas que a operação foi dissolvida sem uma explicação clara, um fato que o deixa profundamente alarmado.
Do outro lado, a Federação de Alpinismo do Quirguistão defende a difícil decisão. Ilim Karypbekov, vice-presidente da entidade, explicou que pilotos profissionais italianos foram até a região, mas as condições climáticas reais impossibilitaram qualquer voo de helicóptero ou drone. O tempo simplesmente não abriu uma janela de oportunidade.
Karypbekov foi direto ao expressar seu pessimismo. Ele afirmou que é virtualmente impossível para qualquer pessoa sobreviver por tanto tempo naquelas condições inóspitas. A federação sugeriu que a recuperação do corpo de Natalia talvez só possa ser tentada na próxima temporada de escalada, dentro de vários meses.
Enquanto os especialistas consideram a sobrevivência um milagre, um filho se recusa a aceitar o pior. A história permanece em um angustiante suspense, equilibrada entre a frieza dos fatos climáticos e a fervorosa esperança de que a força de vontade humana possa, mais uma vez, superar os limites do possível.
Esse Filho de alpinista “deixada para morrer” após ficar presa na montanha faz apelo desesperado ao afirmar que ela “ainda está viva” foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.