
Quem é o responsável por fazer a COP dar certo?
A 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), marcada para novembro em Belém, será um dos maiores desafios diplomáticos e logísticos já enfrentados pelo Brasil.
Mas, afinal, quem é o responsável por fazer a COP dar certo?
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A resposta não cabe a uma única pessoa.
A conferência mobiliza milhares de representantes de governos, organizações, empresas e da sociedade civil em busca de consensos que ajudem a enfrentar a crise climática.
Ainda assim, há lideranças-chave nessa engrenagem.
a COP 30 e nosso futuro
Na linha de frente está o embaixador André Corrêa do Lago, nomeado como presidente da COP30.
É dele a tarefa de mediar as negociações entre mais de 190 países e tentar costurar um texto final equilibrado — que contemple os interesses de governos, ambientalistas e empresas, sem travar os avanços necessários.
Ao lado dele, Ana Toni, diretora-executiva da conferência, responde por garantir o bom funcionamento de toda a estrutura.
A ministra Marina Silva e o embaixador André Corrêa do Lago em reunião ministerial de Clima, Energia e Meio Ambiente do G7.
Felipe Werneck/MMA
Cabe a ela coordenar agendas, garantir que os temas prioritários entrem na pauta e que os grupos de trabalho avancem conforme o cronograma.
Nas conferências da ONU, os dias são intensos.
Começam com reuniões técnicas entre delegados, passam por encontros de alto nível com ministros e podem terminar com decisões políticas tomadas por chefes de Estado.
Tudo isso precisa seguir uma ordem bem definida, com os documentos sendo negociados, revisados e finalizados antes do prazo — que, em geral, é curto e apertado.
A diretora executiva da COP30, Ana Toni.
Isabela Castilho/COP30 Amazônia
E as expectativas para Belém são altas.
Especialistas apontam que, para a COP30 ser considerada um sucesso, será preciso repetir o que deu certo em outras edições históricas, como a de Paris (COP21, 2015): sair da conferência com regras claras, compromissos firmes e prazos definidos.
Como funcionam as discussões da COP, a conferência do clima da ONU
Na prática, isso significa garantir metas mais ambiciosas de redução de emissões de gases do efeito estufa, financiamento climático assegurado para que os países possam implementar suas ações, e mecanismos transparentes de monitoramento — para que ninguém quebre a palavra depois de sair da capital paraense.
Se esses elementos se confirmarem, a COP30 tem chance real de ser lembrada como um marco na luta contra o aquecimento global e pode transformar Belém em um ponto de virada nas negociações climáticas internacionais.
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