
O Exército não irá permitir manifestações próximas de quartéis durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado que se iniciará no Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quarta-feira, 2, e vai se estender até o dia 12.
A recomendação de vetar manifestações também é válida para atos que ocorram em 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil que será celebrado durante o julgamento do ex-presidente. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
Após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, apoiadores do ex-presidente acamparam nos arredores de quartéis pedindo por intervenção militar. Foi necessário um esforço do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal para tentar remover os manifestantes concentrados no Quartel General do Exército, em Brasília, antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Agora, o Exército, durante o julgamento de Bolsonaro, tenta evitar manifestações similares. Dentre os oito réus que integram o núcleo 1, seis são militares: o ex-presidente Jair Bolsonaro (capitão reformado), o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto (general), o ex-ministro do GSI Augusto Heleno (general), o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira (general), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier (almirante) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid (tenente-coronel).
Também integram o núcleo 1 os réus Anderson Torres (ex-ministro da Defesa) e o deputado federal Alexandre Ramagem. Segundo a Procuradoria Geral da República, os integrantes deste grupos tomaram as principais decisões da tentativa de golpe de Estado.
O julgamento do ex-presidente fará a segurança ser redobrada também em outras área da capital. Na Praça dos Três Poderes, a partir de terça-feira haverá uma operação integrada entre a Segurança Pública do Distrito Federal e a Polícia Judicial que é responsável pela segurança do Supremo. Por decisão do STF, acampamentos e obstruções estão proibidos na área e haverá monitoramento feito por drones.