O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), que foi convidado para se filiar e presidir o União Brasil no Estado, decide nessa semana se muda mesmo de legenda.
Euclério disse à coluna De Olho no Poder que desanimou um pouco de fazer a mudança partidária: “Decido essa semana se vou para o União Brasil, mas confesso que desanimei um pouco”, disse o prefeito.
O desânimo é por conta da federação entre o União Brasil e o PP, anunciada nesta terça-feira (29). A federação, chamada de “União Progressista”, reunirá a maior bancada partidária do Congresso (109 deputados e 14 senadores) e também o maior número de prefeitos pelo País afora (quase 1.400 prefeituras). Além de seis governadores.
A princípio, o comando nacional da federação será compartilhado pelos dois presidentes nacionais das legendas – Antônio de Rueda (União) e Ciro Nogueira (PP) –, sem hierarquia entre eles. Em dezembro será realizada uma eleição para um novo presidente.
Mas, nos estados, o comando da federação obedece a uma série de critérios, sendo um deles quantitativo: a legenda que tiver mais deputados federais, preside a federação.
Como no Espírito Santo, o PP tem dois deputados federais e o União não tem nenhum, a presidência da federação fica com o deputado federal Josias da Vitória, que é também o presidente estadual do PP.
Euclério poderia até se tornar presidente do União, mas com a federação, perde poder de decisão no partido. Isso porque todas as decisões sobre alianças, coligações e candidaturas, por exemplo, passam pelo crivo do presidente da federação. “É como trocar seis por meia dúzia”, disse Euclério à coluna.
Presidência do União caiu no colo
Após uma costura do governador Renato Casagrande (PSB), a presidência do União Brasil caiu no colo do prefeito Euclério – na época, internado num hospital para fazer um transplante – para surpresa geral do mercado político.
A definição do nome do prefeito surgiu como uma forma de pacificar o partido que vinha sendo disputado pelo atual presidente estadual – o secretário de Meio Ambiente do Estado, Felipe Rigoni – e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União).
Como Euclério é aliado do governador e também do presidente da Assembleia, ficou combinado que ele comandaria a legenda, com a missão também de obter um desempenho satisfatório nas urnas nas próximas eleições, já que no Estado, o União Brasil tem tido resultados pífios.
Antes mesmo de se filiar, Euclério já vinha fazer movimentações para fortalecer o União e tinha até convidado lideranças do Estado para entrar com ele no novo partido. Uma delas foi o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, que deixou o Podemos recentemente.
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