
Mãe teve acesso às conversas em que os adolescentes ameaçam matar outra aluna. A Secretaria de Educação do Espírito Santo reforçou a segurança na escola. Domingos Martins, Espírito Santo
Evaldo Teixeira
Uma dona de casa de 37 anos denunciou que a filha, estudante de 15 anos do ensino médio em uma escola estadual em Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo, foi alvo de ameaças feitas por outros alunos por meio de mensagens em um grupo de WhatsApp. A Polícia Civil está investigando o caso. Já a Secretaria estadual de Educação reforçou a segurança na unidade de ensino.
Segundo a mãe da adolescente, os ataques incluíram ameaças de morte, além de exclusão da aluna de grupos escolares e trabalhos em grupo.
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De acordo com a mãe, o caso veio à tona após uma colega da filha ter acesso ao conteúdo das conversas. Preocupada com o tom das mensagens, a jovem decidiu mostrar o conteúdo para a estudante.
“Ela tirou print de algumas partes da conversa porque achou importante a minha filha ficar sabendo”, disse a mãe. A adolescente também encaminhou os prints à coordenação da escola.
As mensagens de ameaças foram feitas à noite, fora do horário escolar. A mãe criticou a escola, dizendo que a unidade não tomou medidas mais efetivas. “A escola me ofereceu todo o apoio, mas disse que não podia fazer nada. Disse que, apesar de serem alunos da escola, as mensagens não foram trocadas no período de aula”, explicou.
A mãe disse que teme pela segurança da filha e optou por mantê-la afastada da escola por enquanto. “Eu não me sinto mais segura para mandá-la para a escola. Estamos esperando meu marido retornar de viagem para conversar novamente com a direção”, disse.
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A dona de casa buscou apoio da Polícia Civil, do Judiciário da Infância e Juventude, do Ministério Público e da Secretaria de Educação do estado. Ela também pretende acionar judicialmente os responsáveis pelos adolescentes envolvidos.
“A minha filha é a vítima. Eu fui na polícia pedir uma medida protetiva, porque não vou esperar que essa ‘’rincadeira’ se torne realidade”, disse a mãe da estudante.
Ela acredita que os adolescentes e seus responsáveis devem ser responsabilizados. “Isso não se faz. A minha vontade imediata é que esses adolescentes sejam afastados da escola e que minha filha possa estudar em paz”, desabafou a mãe.
O que dizem Sedu e Polícia Civil
A Polícia Civil do Espírito Santo informou que o caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Domingos Martins e que a investigação está em andamento. A mãe representou por medidas cautelares de urgência para proteção da filha e o pedido foi encaminhado à Justiça para análise. Por envolver menor de idade, o caso segue sob sigilo.
Por nota, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) afirmou que “repudia qualquer tipo de violência e tem contribuído com a investigação das autoridades policiais”.
A secretaria informou que os alunos participantes do caso, assim que identificados, no âmbito da unidade escolar, serão responsabilizados, conforme prevê o Regimento Comum das Escolas Estaduais.
Ainda de acordo com a Sedu, a equipe escolar está em diálogo com a família e já solicitou a presença da Patrulha Escolar na unidade.
Quanto aos estudantes da escola, não só os envolvidos no caso em questão, serão acompanhados pela equipe do programa de Ação Psicossocial e Orientação Interativa Escolar (Apoie), composta por uma equipe multidisciplinar.
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