
Quem conferiu a grade oficial para o primeiro dia da Micareta de Feira de Santana viu que estava previsto para entrar na avenida um coletivo com seis grupos de samba de roda, o que não aconteceu por conta da falta de um trio elétrico para o coletivo.
O folião deveria ter visto na avenida, a partir das 18h da quinta-feira (1º), uma grande apresentação com representantes dos grupos Filhos de Bonfim de Feira, Samba do Rosário, Samba Raízes do Campo, Sambadores do Nordeste, Samba de Quilombo e Coletivo Clementinas.
Naturalmente frustrados com a situação, os artistas foram orientados a procurar o diretor do evento, Naron Vasconcelos, na Secretaria de Cultura, para entender o que tinha acontecido, uma vez que eles estavam formalmente contratados para se apresentarem na Micareta.

“Ele nos informou que se equivocou achando que seria grupos de fanfarra e não grupos de samba de roda como somos. Somos seis grupos de samba de roda de várias localidades de Feira de Santana, pessoas da zona rural, pessoas de comunidades quilombolas, inclusive algumas com dificuldades de locomoção para chegar até aqui, mas a gente fez todo esforço e todo mundo chegou aqui no horário previsto e infelizmente aconteceu isso”, disse Phill Bala, integrante de um dos grupos.
Bala explicou que partiu do próprio Naron uma possível solução para o problema. Segundo ele, o diretor da Micareta de Feira foi até o encontro do coletivo, repetiu que a situação foi provocada por um equívoco pessoal e se comprometeu a fazer com que o coletivo desfilasse no circuito Maneca Ferreira, cabendo a eles decidirem o dia e o horário.
“Nós conversamos e agora ficamos de passar a informação para ele que nossa intenção é tocar no sábado, terceiro dia da Micareta, a partir das 20h, porque muitos músicos aqui trabalham em empregos comuns, não vivem de música e precisam defender ainda o seu pão de cada dia de outra forma. Então, nossa intenção é que realmente essa proposta, essa palavra que ele nos deu, seja cumprida”, disse Bala.

Para o músico Antônio Marcos, que também faz parte do coletivo, a situação, apesar de desagradável, foi superada. “Naron se comprometeu a disponibilizar o trio, e é o meu sonho, é o sonho de todos nós, sair da invisibilidade. Por conta disso, a gente vem tentando, tentando. E por conta disso, eu idealizei esse coletivo. Vamos passar essa informação do dia que escolhemos para Naron para que tudo seja resolvido”, finalizou.
O Acorda Cidade solicitou um retorno da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel).
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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