Quem é Wolney Queiroz, novo ministro que substitui Carlos Lupi na Previdência

O ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT) assumiu o comando do Ministério da Previdência Social, em substituição a Carlos Lupi. O anúncio foi feito pelo Palácio do Planalto nesta sexta-feira (2), após o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lupi deixou a pasta em meio à crise causada por um escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O esquema pode ter causado prejuízos de até R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos, afetando aposentados e pensionistas.

A escolha do substituto derrubou as especulações sobre uma possível mudança de partido na liderança da pasta. Wolney Queiroz é filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) desde 1992, mesma sigla do seu antecessor, Carlos Lupi. O ex-parlamentar ocupava a secretaria-executiva do Ministério da Previdência Social, o segundo cargo na hierarquia após a função de ministro. 

Natural de Caruaru, em Pernambuco, Wolney Queiroz Maciel exerceu seis mandatos consecutivos como deputado federal por Pernambuco desde 1995. Nas redes sociais, o novo ministro ainda se apresenta como empresário, presidente do PDT em Pernambuco, além de ter assumido a liderança nacional da sigla em duas oportunidades. 

Outro destaque citado é o de ter assumido a liderança de oposição na Câmara. Em 2022, ele esteve à frente na oposição ao então presidente Jair Bolsonaro, representando um bloco de partidos de esquerda. Uma das principais pautas na época era a pandemia de Covid-19 no país. No mesmo ano, tentou a reeleição, mas não obteve sucesso.

Mudança na pasta

A saída de Lupi ocorre em meio à crise provocada pela Operação Sem Desconto, que investiga fraudes e descontos ilegais em benefícios do INSS. Embora não seja investigado, o ex-ministro vinha sendo cobrado por medidas tardias diante das denúncias. 

A Operação Sem Desconto, deflagrada no fim de abril pela Polícia Federal e CGU, identificou descontos indevidos aplicados por associações em benefícios de aposentados e pensionistas. O esquema teria começado em 2019, ainda no governo Bolsonaro, e pode ter atingido até cinco milhões de pessoas.

A investigação resultou na demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, no afastamento de servidores e na abertura de centenas de inquéritos. O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, já iniciou tratativas com a Advocacia-Geral da União para definir formas de ressarcimento às vítimas.

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