Já chegamos há um pouco mais de um mês da inauguração do Hospital Universitário do Ceará (HUC), um dos maiores hospitais públicos do país. O local oferece serviços de assistência terciária, com atendimento a casos de alta complexidade, além de dar suporte a outros hospitais públicos da Região de Saúde de Fortaleza e do interior do estado. Ivelise Brasil, diretora-geral do HUC explica que nesta primeira fase de implantação estão em funcionamento cinco serviços especializados: Cirurgia Vascular, Oncologia (Clínica e Cirúrgica), Hematologia, Urologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. “O hospital também passou a atender os pacientes do Serviço Ambulatorial Transdisciplinar para Pessoas Transgênero (Sertrans), onde mais de 200 pacientes são acompanhados no HUC”.
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O HUC iniciou suas atividades com a abertura de 159 leitos operacionais, sendo 120 de internação (enfermarias cirúrgicas e clínicas), 10 de UTI adulto, 15 de observação (Unidade de Internação Breve – UIB), dois de emergência, dois de intercorrência no Centro de Quimioterapia, 10 de recuperação pós-anestésica. Além disso, atualmente em pleno funcionamento, o hospital conta também com uma unidade de quimioterapia ambulatorial, 16 consultórios adultos no ambulatório e seis salas cirúrgicas no centro cirúrgico geral.
O hospital conta com um robusto Centro de Diagnóstico, composto por: ressonância nuclear magnética, tomografia computadorizada, duas salas de hemodinâmica, métodos endoscópicos (endoscopia digestiva alta e baixa, CPRE, endoscopia respiratória e ecoendoscopia), além de ultrassonografia e ecocardiograma (transtorácico e transesofágico).
Desde a sua inauguração até quarta-feira (30), o Hospital Universitário do Ceará já realizou 2.818 atendimentos à população cearense. Este total inclui atendimentos ambulatoriais, cirurgias e procedimentos cirúrgicos, entradas de internação e transferências de emergência. A vascular foi a cirurgia mais realizada até o momento.
“É importante ressaltar que houve um estudo prévio para se fazer a proposta do Hospital Universitário e a implantação vem correspondendo às expectativas. Para fazermos quaisquer comparações estatísticas e falarmos sobre esse impacto na saúde pública cearense, é necessário traçarmos uma série histórica, o que será possível pelo menos com o mínimo de seis a 12 meses de funcionamento”, informa Brasil.
As próximas etapas, de acordo com a diretora-geral, ocorrerão gradualmente, conforme o planejamento de execução, que contempla a implantação de mais 30 especialidades médicas, utilizando os 832 leitos distribuídos nas três torres.
Questionada sobre o atendimento humanizado, tão citado durante o evento de inauguração do HUC, Brasil afirma que é fundamental destacar que essa é uma realidade não apenas no HUC, mas em todas as unidades da rede da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa). “É um trabalho coletivo com foco no paciente, o qual faz parte da rotina da rede de unidades da Secretaria da Saúde. Além disso, há o trabalho de educação continuada”. Este, como destaca Brasil, proporciona treinamentos e capacitações aos profissionais com destaque para qualidade e humanização do atendimento, visando sempre com que o cuidado seja refletido no dia a dia de todos. “Se o paciente é bem acolhido, está ciente do tratamento e se sente seguro, ele se torna mais bem disposto e essa disposição afeta também o bom trabalho da equipe. O atendimento humanizado nos permite tratar mais do que a doença, ela trata o indivíduo, com todas as suas particularidades.”
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