
Iniciativa busca aproximar a música lírica de comunidades que, muitas vezes, nunca tiveram acesso a esse tipo de arte. Projeto ‘Ópera em Rede’ leva espetáculo à estudantes de escola pública em Manaus.
Leonardo Matheus/Fundação Rede Amazônica
Imagine estar em uma aula comum e, de repente, ser surpreendido por um espetáculo de ópera. Foi exatamente isso que aconteceu nesta terça-feira (7), com alunos da Escola Estadual Dra. Zilda Arns Neumann, localizada no bairro Nova Cidade na Zona Norte de Manaus.
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A ação faz parte do projeto Ópera em Rede, que tem o objetivo de aproximar o universo da música lírica de comunidades que, muitas vezes, nunca tiveram contato com esse tipo de arte. A iniciativa mistura música, educação e emoção — e encantou os estudantes desde os primeiros acordes.
Em uma escola onde o som habitual é o das vozes de professores e alunos, quem comandou o ambiente desta vez foram cantores líricos. A unidade de ensino de tempo integral se transformou em palco para um pocket show de ópera. A reação dos alunos foi imediata: olhares atentos, expressões de surpresa e muitos aplausos.
O projeto não se limita à apresentação musical. Após o espetáculo, os alunos participam de uma conversa descontraída e educativa para entender melhor o que é a ópera — da história ao funcionamento, passando pelos bastidores, figurinos e bastões de regência.
Segundo Claudia Daou Paixão, diretora-presidente da Fundação Rede Amazônica, a ideia é democratizar o acesso à cultura e mostrar que a ópera também pode dialogar com os jovens, especialmente os que vivem nas periferias da capital amazonense.
O impacto é visível. A timidez inicial dos alunos logo dá lugar à curiosidade. Sorrisos começam a surgir e, em pouco tempo, muitos já se imaginam no palco, com figurinos e sob os holofotes. Alguns até sonham em seguir carreira artística.
Na próxima sexta-feira (10), o projeto segue para o CETI Áurea Pinheiro Braga, onde promete mais música, mais aprendizado e novas descobertas para outros jovens da rede pública de ensino.
*Com informações de Leonardo Matheus, da Fundação Rede Amazônica.