A composição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter uma novidade nas próximas semanas. O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) está cotado para assumir o comando da Secretaria Geral da Presidência no lugar do atual ministro, Márcio Macêdo.
O Brasil de Fato apurou que o convite formal ainda não foi feito a Boulos, apenas uma sondagem. Nessa conversa preliminar, Lula disse que para assumir a pasta, o líder do MTST não poderia disputar a eleição em 2026.
Na manhã deste sábado (10), durante sua visita à 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, Boulos afirmou ao Brasil de Fato que concorda com a condição de Lula. “Nós estamos em abril de 2025, alguém que entra agora, como a ministra Márcia Lopes, se ela fosse candidata ano que vem, teria que se descompatibilizar em abril [2026], é razoável que o presidente cobre isso e esse comprometimento com o ministério.”
Boulos também confirmou que ainda não foi convidado formalmente. “A definição de composição de ministério é do presidente Lula, cabe única e exclusivamente ao presidente Lula. Essa é uma definição que só ele pode falar. Eu tenho respeito ao ministro Márcio Macêdo, meu compromisso é contribuir com a reeleição do presidente Lula ano que vem”.
Lula deve definir o próximo ministro da Secretaria Geral da Presidência quando retornar da viagem à China. O nome de Boulos é cogitado para a pasta desde o inicio do ano, mas as negociações não avançaram.
A condição imposta a Boulos não é exclusiva. Na recomposição de seu ministério, Lula tem pedido aos novos ministros que não disputem as eleições de 2026. Cerca de 15 ministros devem se licenciar em abril do ano que vem para entrar na corrida eleitoral.
Além de Boulos, outros dois nomes aparecem cotados para assumir a Secretaria Geral da Presidência: o advogado e fundador do Grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, e o ex-ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta.