Foi realizada nesta segunda-feira (12) a audiência de instrução dos dois homens suspeitos de envolvimento na morte de Kauan Gomes Araújo de Souza, de 20 anos. O jovem foi morto por engano no dia 17 de dezembro de 2024, enquanto seguia para a academia com a mãe e uma amiga, em Feira de Santana.
De acordo com as investigações, um dos suspeitos é acusado de efetuar os disparos e o outro de dirigir o veículo que perseguia um carro com as mesmas características do que a vítima estava.
Milena Mendes, amiga que acompanhava Kauan Gomes no carro e não foi atingida porque abaixou a cabeça para mexer no celular no momento do disparo, relatou a dor que sente desde o dia do crime. “Vai fazer cinco meses que tudo aquilo aconteceu. É muito doloso porque estamos revivendo tudo que passamos, é doloroso também porque a gente lembra todos os dias e não tem como não lembrar”, afirmou.
Os suspeitos foram identificados e presos pouco tempo após o crime. A família da vítima espera que eles sejam levados a júri popular e recebam a pena máxima.
“Graças a Deus, com menos de cinco meses já está ocorrendo as audiências. Porque a gente vê que, geralmente, demora muito. Então, as autoridades estão empenhadas e a sociedade também. A gente está tendo muito apoio para que isso aconteça. Eu acredito que eles vão para júri popular e vão pegar a condenação máxima. A gente não tem como mensurar a dor de uma mãe. Ela perdeu o único filho, ele tinha apenas 20 anos, tudo pela frente, um menino que não saía, não bebia, não tinha vícios nenhum, era somente do trabalho para casa. E agora, depois do Dia das Mães, ela sofreu mais. Com certeza a gente não pode nem descrever como ela está abalada”, declarou Milena.
Entenda o caso
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A vítima Kauan Gomes Araujo de Souza, 20 anos, foi atingida na cabeça por um disparo de arma de fogo, no último dia 13 de dezembro de 2024, enquanto estava em um veículo juntamente com a sua mãe e uma amiga, na Avenida Fraga Maia. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade, mas não resistiu e morreu na terça-feira (17).
Os três estavam a caminho de uma academia no bairro Sobradinho por volta das 5h40 quando as mulheres ouviram um estampido alto e perceberam que Kauan, que estava no banco do carona, havia sido atingido na cabeça.
O autor do disparo foi um homem que estava dentro de um veículo preto. “O acusado estava em um bar na Avenida Fraga Maia, juntamente com a companheira na quinta-feira (12) e passaram a noite no local. Já pela manhã, na sexta-feira (13), o casal teve uma discussão. A mulher pegou a chave e o documento da moto do suspeito e atravessou a avenida. Em seguida, ela pediu carona para um veículo branco que estava passando, adentrou e saiu do local”, esclareceu o titular da Delegacia de Homicídios, o delegado Gustavo Coutinho.
Ao presenciar a companheira entrando no carro, o suspeito pediu para que um amigo pegasse uma arma de fogo e lhe desse uma carona para ir atrás da mulher. “Com ciúmes e sob efeito de drogas e álcool, o homem pediu que o amigo seguisse o carro branco, onde estava a sua companheira. No momento, ele estava na posse de um revólver e deflagrou um tiro para o alto. Logo após, o acusado disparou contra o carro branco que estava Kauan, acreditando ser o veículo em que estava a mulher”, acrescentou o delegado.
O motorista do veículo e o autor do disparos foram identificados e a justiça decretou a prisão dos dois. Poucos dias depois eles foram presos.
Com informações dos repórteres Aldo Matos e Ed Santos do Acorda Cidade
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