
Em 2002, um estagiário da NASA envolveu-se em um dos crimes mais incomuns da história espacial: o roubo de pedras lunares avaliadas em mais de 100 milhões de reais. Thad Roberts, então estudante de geologia e estagiário no Johnson Space Center, em Houston, aproveitou seu acesso privilegiado para cometer um furto que misturou ambição, romance e uma dose absurda de imprudência.
As rochas em questão não eram materiais comuns. Coletadas pelas missões Apollo entre 1969 e 1972, elas representavam uma parte crucial da pesquisa científica sobre a Lua. Armazenadas em um cofre seguro dentro do laboratório da NASA, esses fragmentos eram estudados para revelar segredos geológicos e históricos do nosso satélite natural. Até que Roberts, junto com dois cúmplices — Tiffany Fowler e Shae Saur —, decidiu quebrar o protocolo.

Usando suas credenciais de acesso, o trio entrou no centro espacial durante a noite, removeu o cofre inteiro e fugiu. O plano inicial era vender as amostras no mercado negro, onde colecionadores clandestinos pagariam fortunas por um pedaço da Lua.
Mas Roberts, conhecido por seu comportamento excêntrico, tinha outras ideias em mente. Em entrevista anos depois, ele revelou que, antes de negociar as rochas, usou algumas delas para criar um cenário inusitado: uma noite romântica com Fowler em um hotel.
Segundo ele, espalhou fragmentos lunares sob o lençol da cama, transformando o momento em uma experiência simbólica — “fazer amor sobre a Lua”. O gesto, porém, teve consequências graves. Além de violar a integridade das amostras, o contato com substâncias terrestres as contaminou, tornando-as inúteis para pesquisas futuras. Para piorar, dentro do cofre estavam anotações científicas manuscritas de três décadas, destruídas durante o roubo.

Enquanto Roberts e Fowler se divertiam com as rochas, a NASA e o FBI já estavam em alerta. Agentes descobriram que os ladrões haviam criado um site falso para oferecer os fragmentos a colecionadores. O FBI então montou uma operação disfarçada: um agente se passou por comprador e marcou um encontro com os criminosos na Pensilvânia, onde “familiares” (na verdade, outros agentes infiltrados) receberiam as amostras.
A armadilha funcionou. O trio foi preso, e as rochas recuperadas em um hotel próximo. Roberts confessou o crime e recebeu a sentença mais dura: dez anos de prisão. Fowler e Saur, por colaborarem com a investigação, tiveram penas menores — seis meses de prisão domiciliar e serviço comunitário.
O caso expôs falhas na segurança da NASA. Como um estagiário conseguiu retirar um cofre inteiro sem ser notado? A resposta envolveu a combinação de acesso interno e a subestimação de protocolos de vigilância. Além disso, o episódio serviu de alerta para o valor incalculável dessas amostras: mais do que objetos raros, elas carregavam dados científicos únicos, parte dos quais se perderam para sempre.
Enquanto Roberts cumpria sua pena, cientistas lamentavam o prejuízo. Cada grama de rocha lunar trazida pelas missões Apollo era analisada com tecnologias cada vez mais avançadas, revelando novos detalhes ao longo dos anos. A contaminação das amostras roubadas interrompeu linhas de pesquisa e apagou informações que notas manuscritas guardavam — um retrocesso para estudos que dependiam de precisão absoluta.
Hoje, as rochas lunares seguem sob proteção máxima, e o caso de Thad Roberts permanece como um capítulo bizarro na relação entre a humanidade e seus tesouros espaciais. Quase duas décadas depois, o estagiário que quis “tocar as estrelas” de forma ilegal virou lembrança de que até mesmo a exploração cósmica tem seu lado sombrio — e terrestre.
Esse Estagiário da NASA roubou pedras da lua no valor de US$ 21 milhões, apenas para realizar um ato sexual chocante com elas foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.