Com as fortes e recorrentes chuvas neste mês de maio, a cidade de Feira de Santana não apresenta uma infraestrutura adequada para suportar os resultados das condições climáticas. Ruas inundadas e esgotos obstruídos atrapalham a dinâmica da cidade, principalmente a rotina dos moradores dos bairros de localidades periféricas.
A Avenida Deputado Luís Eduardo Magalhães, no Limoeiro, e a rua principal do mesmo bairro apresentam problemáticas que atrapalham o dia a dia de quem passa pela localidade. Haroldo, morador do bairro, revela ao Acorda Cidade o desamparo que vivencia, informando que, mesmo sendo uma rua asfaltada, não está isenta de transtornos: “Está uma vergonha a estrada do Limoeiro, uma vergonha para nós moradores. A única entrada asfaltada é nessa situação aqui. Não tem ninguém para nos socorrer. Não tem comunidade nem parceria. É assim: abandonada”.
Ainda sobre os efeitos da chuva, moradores da Rua Iguatama/Igaporá, no bairro da Mangabeira, denunciam o descaso da prefeitura diante da situação precária da via. Segundo relatos, a rua permanece intransitável em períodos chuvosos devido ao acúmulo de lama, dificultando a locomoção. Internautas relatam que ruas vizinhas foram asfaltadas, menos a via em questão, porém, asfalto não é sinônimo de resolução de problemas. Apesar disso, a moradora evidencia a promessa de calçamento do local- que até o momento não foi realizada. “A gente vai se virando como pode”, conta Kesia através do WhatsApp do Acorda Cidade.
Permanecendo no bairro Mangabeira, desta vez na Av. Ayrton Senna, um morador da comunidade trouxe a tona a situação de descarte irregular de lixo e até mesmo de animais mortos no local, o que pode trazer inúmeros riscos à população e meio ambiente, tais como proliferação de doenças, mau cheiro e contaminação do ar e do solo. França, leitor do portal, informou que tentou entrar em contato com a Secretaria de Serviços Públicos (SESP), mas não obteve retorno.
Atravessando a cidade e chegando ao conjunto Feira VII – Tomba, um expressivo e volumoso acúmulo de lixo está instalado em uma praça em frente ao caminho 49A, próximo ao Parque da Cidade. Os entulhos descartados ali são feitos de maneira impropria “as pessoas descantam pneus e colocam fogo. A fumaça a noite não deixa ninguém dormir”, conta morador do conjunto.
Um quadro que persiste há anos é o da obra inacabada no campo de futebol no bairro da Conceição II. O local, que deveria ser um espaço de atividades recreativas e de lazer entre a comunidade – até mesmo incentivando a prática de atividades físicas, está abandonado. A alta vegetação e a falta de cuidados com o solo traz riscos à população, pois torna-se foco para o aparecimento de animais peçonhentos e aumenta o sentimento de insegurança. Após um ano, Erick, morador do bairro Conceição II, entrou novamente em contato com programa para manifestar sua insatisfação: “Não temos nenhuma solução até hoje, não foi entregue. Quase meio milhão de reais investidos aqui, e nada”.
Calçamentos obstruídos não ficam de fora dos desafios enfrentados pelos feirenses. Luiz Carlos, morador da rua Gênesis, no bairro Gabriela II, fez um apelo ao poder público para que as complicações apresentadas pela via sejam resolvidas. A obstrução de uma rua pode causar transtornos no trânsito, pois um grande pedaço encontra-se em estado precário, somado a isso, pedestres e pessoas com algum tipo de deficiência física também sofrem com esses obstáculos da via.
Crateras nas ruas da cidade tornam-se cada vez mais comuns. Na rua Liomar Ferreira, no loteamento Maria Angélica, bairro Gabriela, um buraco surgiu devido ao desgaste do asfalto e do calçamento de paralelepípedos.
É fato que do norte ao sul do município questões de infraestrutura, limpeza pública e dificuldades na mobilidade urbana são presentes. Esses problemas, que muitas vezes são invisibilizados, afetam a rotina da população e reforçam a urgência por soluções eficazes.
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e Youtube e grupo de Telegram.
