Dia Internacional da Tireoide: médica destaca sinais de alerta e opções de tratamento

tireoide
Foto: Freepik

O Dia Internacional da Tireoide é comemorado neste dia 25 de maio e o objetivo desta data é levar informação para a população, possibilitando o reconhecimento de possíveis patologias de uma forma mais clara. A médica endocrinologista Ana Mayra de Oliveira, informou ao Acorda Cidade que a glândula tireoide é responsável pela produção dos hormônios tiroidianos o T4 e o T3, que atuam praticamente no corpo inteiro.

“A glândula tireoide fica localizada na frente do pescoço, tem um formato de borboleta, para que a gente possa, inclusive, fazer o autoexame. A gente precisa dos hormônios tiroidianos para a função cerebral, função cardiovascular, metabolismo, para tudo”, frisou.

Médica Ana Mayra de Oliveira - tireoide
Médica Ana Mayra de Oliveira / Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Hipo e hipertireoidismo

Hipo e hipertireoidismo são condições que afetam a tireoide, glândula responsável pela produção de hormônios. O hipotireoidismo ocorre quando a tireoide não produz hormônios suficientes, enquanto o hipertireoidismo acontece quando a tireoide produz hormônios em excesso

Alteração do formato ou da função

Segundo a médica Ana Mayra, a tireoide pode apresentar dois problemas: alteração no formato ou na função. Ela informou que os dois problemas podem existir em paralelo.
“Pode ocorrer um ou outro, ou os dois ao mesmo tempo. A tireoide tem uma forma de borboleta e o indivíduo pode ter um crescimento da glândula como um todo, pode ter caroços ou um caroço. Isso é uma alteração do formato. São os nódulos da tireoide. O outro problema, seria uma alteração na função, que vai ser o hipertiroidismo (quando funciona para menos) e o hipertiroidismo (quando funciona para mais)”.

Sintomas para alteração no formato

A médica também falou sobre os sintomas que podem surgir quando a pessoa apresenta uma alteração formato. “Quando você tem uma alteração na forma, a tireoide fica abraçando um tubo, que é onde passa o esôfago e a traqueia, onde passa comida e o ar. Então se tem um nódulo, se está crescendo, pode gerar uma alteração de compressão. Como se fosse a mão apertando o pescoço. Então o paciente reclama que está se engasgando, que está rouco, sentindo falta de ar”.

Sintomas para a alteração na função

Já a alteração na função vai depender se é hipo e hipertireoidismo. “A pessoa pode ter alteração de sono, ter irritabilidade maior. Podem ficar muito emotivos, podem ter alteração a nível cardiovascular, palpitação, ou redução da frequência, podem ter sonolência ou insônia, também podem apresentar alterações no intestino, com prisão de ventre ou hiper defecação”.

Além disso, a médica citou outros sinais como textura de pele seca, unhas quebradiças e queda de cabelo, mas ela alertou que esses são sintomas inespecíficos. “Se tudo mundo que tem quebra de cabelo, unha fraca e cansaço tiver problema de tireoide, é o mundo praticamente todo. Então a pessoa deve procurar uma avaliação para que um médico veja se isso está relacionado a glândula da tireoide ou a outros fatores”.

Tratamento

A médica ainda chamou atenção para as formas de tratamentos dos problemas relacionados a tireoide. Segundo ela, para o diagnóstico, é analisada toda a história, avaliando a função e o formato da tireoide com exames específicos. A partir daí, é indicado o tratamento.

“A depender do resultado desses exames, vamos detectar se o paciente tem alteração da forma e não tem da função ou vice e versa, ou se tem dos dois. Se ele tem um nódulo e atinge um critério, ele vai para punção e a biópsia vai nos nortear o que fazer. Alguns pacientes precisam de indicação cirúrgica, mas é a grande minoria”, afirmou.

Já no caso da alteração da função, no caso do hipotireoidismo, o tratamento é medicamentoso com a reposição do hormônio. A especialista frisou que não existe atualmente nenhum outro tipo de tratamento.

Já se a pessoa tem hipertireoidismo, ela afirmou que existem várias opções de tratamento como o clínico com drogas que reduzem a produção, rádio iodo e cirurgia. “O tratamento é individualizado”, afirmou.

Quem são as pessoas que devem ficar mais atentas?

Conforme a médica endocrinologista, a doença tiroidiana tem caráter familiar, além de atingir mais as mulheres. “Elas têm uma taxa maior de doença tireoidiana e quem tem história familiar positiva, que são as doenças autoimunes, devem ficar mais atentas”.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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