A fotógrafa Milena Batista, de 39 anos, enfrenta um dos momentos mais delicados da sua vida. Ela convive com a endometriose profunda, uma das formas mais severas da doença que afeta uma em cada dez mulheres no mundo.
Após ser submetida a uma cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que infelizmente resultou em erro médico e na retirada desnecessária de um órgão, Milena segue lutando. Agora, realiza uma rifa solidária para arrecadar R$ 30 mil, valor necessário para custear uma nova cirurgia, desta vez na rede particular.
“Na cirurgia, o médico optou por tirar meu útero e fez a biópsia. A biópsia deu normal. Só que eu só vim descobrir depois. A endometriose é uma doença que ocorre fora do útero e atinge trompas, ovário, intestino, reto, em casos mais graves, outros órgãos também”, contou ao Acorda Cidade.
O diagnóstico, no entanto, não foi fácil. Milena descobriu a doença apenas em 2020, em plena pandemia de Covid-19. Durante anos, ouviu que “cólica era normal”. Somente quando já atuava na área da saúde, decidiu, por conta própria, solicitar uma ressonância. O exame confirmou a endometriose profunda.
“Preciso fazer uma nova cirurgia porque a endometriose se agravou mais. Estou com uma parte do intestino grosso com obstrução, um cisto muito grande no ovário direito, de cerca de 207 centímetros cúbicos. Também preciso retirar o colo do útero e fazer as contenções da endometriose no intestino, que espalhou”, explicou.
O valor de R$ 30 mil cobre apenas o procedimento cirúrgico. Os custos do pós-operatório, que podem incluir UTI, hemodiálise, colostomia ou tempo prolongado de internação, não estão incluídos.
“Se eu precisar ficar mais tempo internada, se for necessário a hemodiálise, colostomia, UTI, nada disso está incluso nesses 30 mil. É apenas o valor da cirurgia”, reforça.
Por conta das fortes dores, Milena precisou interromper sua rotina de trabalho. Nos últimos dias, tem recorrido à emergência com frequência para receber medicação que ameniza temporariamente o sofrimento.
“Estou reduzindo meu trabalho. Já essa semana não vou mais trabalhar. Se Deus permitir, farei a cirurgia e só retorno depois da alta.”
Apesar do cenário desafiador, ela mantém a esperança e usa sua voz para alertar outras mulheres sobre a importância do diagnóstico correto e do tratamento especializado. Um vídeo publicado por Milena nas redes sociais viralizou e serviu de alerta para quem enfrenta situações semelhantes.
“É muito importante dizer que histerectomia não cura a doença. Tem que existir um tratamento com especialista em endometriose. O médico clínico ou ginecologista geral não vai tratar. A gente aprendeu que cólica é normal… e não é. Se você tem uma menstruação com dor, existe um problema por trás disso”, destacou em entrevista ao Acorda Cidade.
Ver essa foto no Instagram
Mesmo lidando com as consequências de uma cirurgia mal sucedida, Milena mantém a fé de que dias melhores virão.
“Estou mal, primeiramente, porque além da primeira cirurgia ter sido algo errado, eu tinha a expectativa de que ficaria curada. Mas estou bem, porque creio em um Deus que tudo pode. Tenho muita fé de que o que Ele quiser pra mim vai ser o melhor.”
Milena agora conta com a solidariedade das pessoas para conseguir realizar a cirurgia. Ela está promovendo uma rifa solidária com diversos prêmios. Quem quiser ajudar também pode fazer uma doação via Pix, na chave: 75988179998. “Qualquer valor é bem-vindo”, reforçou.
Para acessar o link da rifa, clique aqui.
Confira as informações da Rifa Solidária:
- 1º lugar: R$ 2.000,00 (Irmandade Premiações)
- 2º lugar: 1 Smartphone Realme 60X
- 3º lugar: Ensaio corporativo + Identidade visual (Estúdio Colab)
- 4º lugar: 1 aplicação de botox (Instituto Émile Souza)
- 5º lugar: Vídeo corporativo de até 60” (Bentô)
Sorteio pela Loteria Federal
Valor da Rifa: R$ 30
Chave PIX: 75988179998 | Milena dos Santos Batista – Banco do Brasil
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e YouTube e do grupo no Telegram
