Ônibus do TFD de Feira de Santana é atingido por bala perdida em Salvador; população reclama da falta de transporte

Micro-ônibus atingido por tiro
Foto: Arquivo Pessoal

O micro-ônibus disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde para Tratamento Fora de Domicílio (TFD) não fez o translado rotineiro de Feira de Santana para Salvador  nesta quinta-feira (29). Isso por conta de um incidente que ocorreu ontem, quarta-feira (28) em Salvador. Os usuários do serviço, foram até o Terminal Central como de costume, mas só chegaram 3 veículos pequenos que não conseguiram levar todos os pacientes. 

Em entrevista ao Acorda Cidade, o Secretário Municipal de Saúde, Rodrigo Matos, falou sobre a situação “Infelizmente, ontem o nosso micro-ônibus do TFD, que leva várias pessoas para Salvador, aparentemente foi vítima de uma bala perdida ali na ladeira da Gamboa, nós recebemos o vídeo. E como foi no para-brisa e teve estilhaço, é proibido viajar assim, não é seguro. Então foi um susto muito grande.”

Foto: Ney Silva

O secretário explicou que ninguém ficou ferido, mas esse foi um dano material com impacto negativo. “Graças a Deus não houve dano a nenhuma pessoa. Foi apenas um dano material, mas que impacta porque esse ônibus ficou parado hoje. Não sei ainda se vai ter conserto ou se vai ser necessário trocar o para-brisa, mas obviamente foi algo que é inesperado, foi algo que assustou muita gente, a gente ficou muito preocupado com isso, mas graças a Deus não teve vítima.” explicou.

A repercussão da falta de ônibus deixou as pessoas que viajaram hoje preocupadas pela falta de transporte. “Esse micro-ônibus, que tinha uma programação para levar uma série de pessoas 20 pessoas se salvo engano infelizmente não pode sair e prejudicou as pessoas. Algo inesperado, algo que foge do nosso controle e a gente lamenta”.

Para entender o que estava acontecendo, os passageiros foram até a Central de Regulação na manhã desta quinta. No local, eles relataram ao Acorda Cidade as dificuldades que a ausência do transporte causa. 

Foto: Ney Silva

Edivalda Moreira, chegou cedo no terminal e foi surpreendida com a situação . “Eu tinha uma consulta agendada há três meses no Hospital da Mulher em Salvador. Nisso a gente já tem o costume de ir para o transbordo, pegar esse transporte, cheguei lá às 5 horas da manhã, para às 6 horas sairmos. Quando chegamos lá, cadê o ônibus? Não tinha transporte nenhum. Simplesmente tinha lá três carros, dois carros, mais ou menos, que foi catando as pessoas com prioridades para poder levar.” relatou.

Foto: Ney Silva

Maria Regina dos Santos Sales, saiu do distrito na Matinha para ir à uma consulta que está marcada há meses. “Saí 4 horas da manhã pra pegar o carro de 5 horas, vim, fiquei esperando, esperando, não apareceu o carro. Só apareceu 3 carros pequenos, levou só as prioridades e a gente ficou. Só que é muito difícil, porque essa consulta foi marcada em janeiro, e hoje não consigo carro, é muito difícil”, relatou.

Foto: Ney Silva

Edmilson Santana Moreira, faz acompanhamento médico após cirurgia. “Eu fiz uma cirurgia lá, e de 3 em 3 meses eu tenho que ir fazer revisão. Hoje tinha consulta e dois médicos marcados. Era para mandar vários carros para pegar todo mundo, não levar três, quatro pessoas e deixar todo mundo lá a ver navio. E ninguém deu explicação de nada.”, disse Edmilson.

Foto: Ney Silva

Sobre o retorno do transporte o secretário informou que realmente o problema não será resolvido até sexta e lamentou a situação. “A gente fica triste, lamenta muito, imagine as pessoas, então isso deve com certeza abalar muitas pessoas. Então respondendo objetivamente, não vai ser resolvido no dia. Isso foi ontem, no final do dia, e não vai ser resolvido hoje.”

A respeito da manutenção do serviço, o secretário falou que está vendo a possibilidade de buscar outras possibilidades. “Vamos ser bem transparentes, verdadeiros, o que a gente está buscando é se há possibilidade de alternativas, mas sabe-se que o TFD é uma situação muito complexa. E agora, o nosso plano de contingência, sendo bem transparente, não consegue atender a 100% da demanda quando um ônibus desse é parado. Então, terá pessoas, infelizmente, que não conseguirão ir por conta dessa situação.” explicou o secretário.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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