Como pagar menos no Imposto de Renda? Confira as principais dicas

Aprender como pagar menos no Imposto de Renda, de modo totalmente legal, pode ajudar seu orçamento. Afinal, esse é um dos principais tributos anuais e tem grande impacto no planejamento financeiro dos contribuintes.

Para obter sucesso nessa tarefa, é fundamental compreender as deduções aceitas pela Receita Federal e saber quando e como aplicá-las. Dessa forma, você assegura que sua declaração esteja correta e ainda pode reduzir os valores a pagar.

Embora seja impossível escapar desse compromisso, existem estratégias para aliviar o peso do imposto no orçamento, utilizando as deduções disponíveis. Gastos com educação, saúde e dependentes estão entre os mais comuns, mas nem sempre são suficientes para garantir um alívio significativo.

Uma opção de abatimento que ainda é pouco conhecida é a previdência privada. Com esse benefício, é possível deduzir até 12% da renda bruta anual tributável, o que pode resultar em um imposto menor ou em uma restituição maior no ajuste anual.

Continue a leitura e descubra como pagar menos Imposto de Renda, sem erros!

O que pode ser deduzido no Imposto de Renda?

Para reduzir o valor do IR, a Receita Federal permite deduzir diversos valores pagos ao longo do ano que serve como referência. Ao declarar em 2025, por exemplo, você pode deduzir diversos gastos realizados em 2024.

As principais deduções permitidas são:

  • dependentes: é possível deduzir até R$ 2.275,08 por dependente legal, como filhos e pais idosos;
  • educação: os gastos com ensino fundamental, infantil, médio, técnico ou superior podem ser abatidos até certo limite;
  • saúde: despesas com consultas médicas, exames, procedimentos e terapias podem ser deduzidas;
  • contribuições ao INSS: os descontos previdenciários também podem ser abatidos do IR;
  • Previdência Privada do tipo PGBL: permite abater as contribuições anuais até certo limite;
  • pensão alimentícia: pode ser integralmente abatida quando é paga por determinação judicial;
  • doações incentivadas: apoios a projetos culturais e de outros tipos permitem deduzir do IR, considerando os limites específicos.

Qual é a melhor: declaração simplificada ou completa?

Você sabia que o tipo de declaração de IR interfere em quanto você pode economizar? São dois os tipos principais: a declaração simplificada e a completa.

No modelo simplificado, você tem um desconto padrão de 20% sobre a base de cálculo, limitado a R$ 16.754,34, segundo a Receita Federal. Ela é mais prática e rápida porque não exige a comprovação dos gastos.

Já a declaração completa costuma ser mais adequada para quem tem gastos dedutíveis acima do limite da declaração simplificada. Ao escolhê-la, é preciso informar detalhadamente as despesas e apresentar os comprovantes.

Entre as duas, o melhor tipo de declaração é o que se encaixa melhor na sua realidade.

9 dicas de como pagar menos no Imposto de Renda

A verdade é que saber como diminuir o valor a pagar do Imposto de Renda tem um grande impacto no seu orçamento. Com um gasto menor com esse tributo, você pode investir mais no seu futuro e no seu patrimônio.

Quer descobrir como se preparar para o Imposto de Renda e pagar menos na declaração? Confira 9 dicas!

1. Escolha entre declaração completa ou simplificada

Se você não tiver muitos gastos dedutíveis, a declaração simplificada é mais conveniente e econômica. Já se você tiver gastos elevados com saúde e educação, por exemplo, ou com uma Previdência Privada do tipo PGBL, a declaração completa é a mais indicada.

Imagine o caso de Vitor, que vai fazer a declaração de IR em 2025 e, em 2024, gastou R$ 20 mil com os cuidados de saúde. Se ele tiver todos os comprovantes necessários, a declaração completa é mais indicada, já que ele economizará mais do que o limite de R$ 16.754,34 da declaração simplificada.

Já se o único gasto dedutível dele tiver sido R$ 2,5 mil com a parte de educação, recorrer à declaração simplificada gera muito mais economia. Sabendo como declarar Imposto de Renda, você pode fazer uma simulação para descobrir qual é o modelo mais indicado para economizar.

2. Declare todos os dependentes

Se você optar pela declaração completa, incluir os dependentes corretamente costuma ajudar a pagar menos Imposto de Renda. Isso ocorre porque a dedução é de R$ 2.275,08 por dependente, conforme a Receita Federal.

Entre as pessoas que podem ser declaradas dessa maneira estão:

  • filhos com até 21 anos (ou 24 anos, se estiverem estudando);
  • pais idosos com baixa renda;
  • cônjuge, companheiro ou companheira.

Porém, é preciso ter atenção: ao incluir um dependente, você também precisa declarar toda renda que ele tenha recebido. Se seu cônjuge trabalha ou se seu filho faz estágio remunerado e você inclui na declaração, os ganhos se somam à sua base de cálculo.

Por isso, o ideal é fazer uma simulação para verificar se a inclusão dos dependentes realmente ajudará a diminuir o valor do imposto a ser pago.

3. Deduza despesas com educação

Entre as opções, você também pode deduzir gastos com educação. Também conforme a Receita Federal, o limite anual de abatimento para essas despesas é de R$ 3.561,50.

Nesse sentido, são aceitas despesas com:

  • educação infantil, como creche e pré-escola;
  • ensino fundamental;
  • ensino médio;
  • ensino técnico;
  • ensino superior;
  • pós-graduação (mestrado ou doutorado).

Por outro lado, cursos preparatórios e de idiomas não dão direito à dedução do Imposto de Renda.

4. Deduza gastos médicos

A dedução de gastos médicos do IR ocorre integralmente — ou seja, não há um valor máximo, como acontece com os gastos com educação. Você pode abater tanto gastos individuais quanto com dependentes declarados.

Entre as despesas para deduzir estão:

  • consultas médicas, odontológicas e psicológicas;
  • realização de exames;
  • cirurgias;
  • internações;
  • gastos com plano de saúde.

Para ter direito à dedução, é necessário guardar todos os comprovantes, como notas fiscais e recibos. Os documentos também devem conter o CPF ou CNPJ do prestador do serviço de saúde.

5. Declare reformas no seu imóvel próprio

Como regra geral, a Receita Federal não permite atualizar o valor de compra de um imóvel ao longo do tempo. Na hora de vendê-lo, isso costuma gerar um lucro maior, exigindo um pagamento maior de imposto.

Uma das poucas formas de mudar esse valor de aquisição é declarando benfeitorias, como reformas, feitas no imóvel. O valor da reforma pode ser incorporado aos custos de aquisição, o que reduz o lucro na venda e gera economia no pagamento de impostos.

As benfeitorias incluem diversos processos, como pintura, troca de revestimentos, ampliação e outros reparos. Porém, é fundamental guardar todas as notas fiscais e recibos.

6. Declare a cobrança de aluguel

Para quem aluga um imóvel próprio ou mora de aluguel, é importante declarar os gastos com a locação de imóveis. Esse valor não pode ser deduzido da base de cálculo para o locatário (inquilino), mas evita problemas com a malha fina.

No caso de quem aluga um imóvel próprio, é preciso informar os valores recebidos mensalmente pelo carnê-leão. Já o total anual deve ser declarado na ficha “Rendimentos Tributáveis”.

Vale notar que os valores recebidos pelo aluguel se juntam às demais rendas tributáveis. Logo, a isenção do Imposto de Renda só é possível se todos os ganhos ficarem abaixo do limite.

7. Declare investimentos e doações

Declarar investimentos no Imposto de Renda, assim como doações, também é fundamental para evitar problemas com a Receita, como a cobrança de multas.

A forma de declarar depende do tipo de investimento. Aplicações de renda fixa, como CDB e Tesouro Direto, devem ser informadas na ficha “Bens e Direitos”. Já os rendimentos gerados devem ser incluídos na ficha “Rendimentos Tributáveis” ou “Rendimentos Isentos”, dependendo das regras.

As doações podem ser deduzidas do IR se forem destinadas a fundos sociais ou projetos incentivados. Nesse caso, é preciso acrescentá-las na aba “Doações Efetuadas”, com todas as informações exigidas. Não se esqueça de guardar os comprovantes!

8. Declare o Imposto de Renda corretamente

Seguir todas as dicas corretamente para declarar o Imposto de Renda é essencial para evitar problemas como multas e complicações com a Receita.

Omitir rendimentos, informar valores incorretos ou não ter os comprovantes adequados são exemplos de situações que podem gerar dificuldades, como ter que prestar esclarecimentos ou até pagar juros sobre os impostos.

Por isso, preencha a declaração com atenção, conferindo as informações e cruzando com as declarações de outros anos. Também é essencial manter recibos e comprovantes por até 5 anos após o envio da declaração, combinado?

9. Informe seu plano de previdência

Você sabia que ter um plano de Previdência Privada pode ajudar a pagar menos no Imposto de Renda? Se você optar pelo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), é possível deduzir as contribuições até 12% da sua renda tributável anual.

Imagine o caso de Luciana, que contribuiu todos os meses com R$ 500 para seu plano PGBL, totalizando R$ 6 mil no ano. Se a base de cálculo de IR dela for de R$ 70 mil, ela pode deduzir até R$ 8,4 mil do PGBL. 

Considerando que ela investiu R$ 6 mil no ano no PGBL, ela pode deduzir todo o valor. A base de cálculo então passará a ser de R$ 64 mil, o que diminuirá o imposto a ser pago ou aumentará a restituição a ser paga.

Como aumentar a restituição do Imposto de Renda?

Por falar nisso, também é possível usar estratégias para aumentar a restituição do Imposto de Renda. Essa é uma possibilidade para quem paga mais imposto ao longo do ano do que era devido, exatamente por causa das deduções.

Para quem trabalha de carteira assinada, por exemplo, o IR é descontado diretamente na fonte. Ao fazer a declaração e incluir as deduções, é provável que você tenha direito a receber a diferença entre o valor pago e o devido.

Por isso, caso seus gastos dedutíveis superem o limite previsto pela Receita, inclua todas as deduções na declaração simplificada. Quanto mais descontos você incluir, maior tende a ser a restituição.

Como funciona um plano de Previdência Privada para pagar menos Imposto de Renda?

Como mostramos, fazer uma Previdência Privada pode ajudar você a pagar menos Imposto de Renda, além de favorecer a sua longevidade financeira.

Para ter o abatimento no Imposto de Renda é preciso recorrer ao PGBL. Com ele, é possível deduzir as contribuições anuais até um limite de 12% da sua base de cálculo.

Ao economizar com o pagamento de imposto, você pode aumentar suas contribuições mensais. Desse modo, há como construir um patrimônio ainda mais sólido.

Já o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é considerado um seguro, do ponto de vista fiscal. Inclusive, como o VGBL, o Seguro de Vida não entra no Imposto de Renda, então não é possível deduzir o valor pago mensalmente.

Independentemente do tipo escolhido, é essencial declarar a Previdência Privada no Imposto de Renda corretamente. Desse modo, você se mantém em dia com as obrigações com a Receita e evita problemas, como multas, por exemplo.

Neste artigo, você descobriu como pagar menos no Imposto de Renda de forma legal. Com essas estratégias, é possível diminuir os custos com o tributo ou até aumentar sua restituição, melhorando sua gestão financeira. 

Gostou de aprender como pagar menos imposto de renda com um plano de previdência? Leia também sobre O que analisar na hora de assinar um plano de previdência privada.

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