Filha revela que quase tomou caldo de cana envenenado que matou a mãe no ES

Filha fala sobre morte de mãe envenenada
Filha fala sobre morte de mãe após tomar um caldo de cana. Foto: Reprodução TV Vitória/ Arquivo Pessoal (Destaque)

A filha de Zenilda Fernandes da Silva, de 46 anos, que morreu no dia 10 de maio após ingerir um caldo de cana envenenado em Domingos Martins, conversou com a equipe da TV Vitória/Record, dando mais detalhes sobre o crime, cometido pelo companheiro da vítima. Ela contou que por muito pouco não consumiu a bebida envenenada.

Suspeito do caso, o namorado da vítima, de 43 anos, foi preso pela Polícia Civil na última terça-feira (27), em Marechal Floriano. Antes de ser preso, ele havia ido ao enterro da vítima.

De acordo com a filha mais nova de Zenilda, a vendedora Milleny da Silva dos Santos, o suspeito levou à residência uma garrafinha com caldo de cana na noite do dia 9 de maio. Minutos depois de ingerir a bebida, Zenilda começou a passar mal, apresentando sintomas como sudorese, tremores e desorientação.

Ela tremia toda e reclamava muito que a visão dela estava turva. Eu perguntei para ela o que estava sentindo, e ela disse que a pressão dela havia subido. Após isso, eu perguntei o que ela havia comido, e ela me disse que havia tomado um caldo de cana e comido um pastel. Depois, eu perguntei se ela queria ir ao hospital, e ela disse que precisava, contou a filha da vítima.

Com auxílio de um vizinho, Milleny levou a mãe a um hospital local, onde foi inicialmente atendida com suspeita de AVC. Após transferência para um hospital em Vitória, os médicos constataram que a vítima havia sido envenenada.

Caldo de cana envenenado: filha lembrou de garrafa

Ao tomar conhecimento do diagnóstico da mãe, Milleny se lembrou da garrafa de caldo de cana e voltou para casa. Ao examinar o recipiente, percebeu que no fundo da garrafa havia um pó branco e um pequeno furo na tampa.

Foram essas informações que ajudaram na investigação da polícia. O laudo apontou a presença de carbofurano, substância proibida pela Anvisa.

“Chegamos em casa no sábado, e vimos que o caldo de cana que ela havia tomado estava com um pó branco no fundo da garrafa e a tampa estava furada”, contou Milleny.

Imagens de videomonitoramento registraram o momento em que o companheiro de Zenilda compra o caldo de cana, que depois foi entregue a ela.

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Suspeito preso nega envolvimento no crime

Após dois dias internada, Zenilda não resistiu e morreu. O suspeito foi localizado em Alto Marechal e preso preventivamente. Ele nega envolvimento no crime. A família de Zenilda relata não compreender os motivos do crime e busca esclarecimentos.

A Polícia Civil segue investigando o caso.

*Com informações da repórter Ana Carolini Mota, da TV Vitória/Record

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