
O empresário e agricultor Rudiomar Teixeira, conhecido como Mazinho, de 52 anos, que foi morto na madrugada do dia 16 de agosto de 2024, em São Gabriel da Palha, no Noroeste do Espírito Santo, sofreu um latrocínio, que é um roubo seguido de morte.
As informações foram divulgadas pelo delegado de São Gabriel da Palha, Valdimar Chieppe, após o fim das investigações do crime, nesta quinta-feira (29). O delegado disse que os suspeitos estavam escondidos em um cemitério, esperando o homem chegar em casa para cometerem o crime.
Dois indivíduos aguardavam na garagem, escondidos dentro do cemitério. Ao estacionar, a vítima foi surpreendida pelos suspeitos armados. Um deles tentou invadir a casa, mas foi impedido por um portão de ferro, enquanto o outro tentou amarrar Mazinho. Ao reagir, foi alvejado com sete disparos a curta distância, atingindo principalmente tórax, costas e ouvido, disse o delegado.
Suspeitos fugiram pulando o muro do cemitério
Após isso, os suspeitos fugiram pulando o muro do cemitério. Na fuga, eles deixaram para trás uma mochila, que continha gasolina, corda, balaclava, fita e máscara.
Para o delegado, os criminosos queriam cometer roubo seguido de morte e não execução. Chieppe destacou que outras duas pessoas participaram do crime. Eles estavam dirigindo um carro que estava com uma placa clonada.
“Além dos dois atiradores, uma terceira e quarta pessoas participaram do crime, usando o Ford Ka para transporte. O veículo foi rastreado por câmeras e tinha características distintas, além de circular por rotas alternativas para evitar detecção. A placa verdadeira foi identificada e verificado que o carro pertencia a um homem, que o alugou para Joselma, responsável por levar os atiradores até a residência da vítima e, após a ação criminosa, resgatá-los do local”, destacou o delegado.
Coleta de informações sobre a vítima
Os suspeitos do crime, Joselma Pereira de Barros Ramos, que está foragida, e três homens, de 21, 23 e 27 anos, foram a São Gabriel da Palha para coletar informações sobre a rotina de Mazinho, além de estudarem as rotas de fuga após o crime.
As investigações mostraram que, após essa ida ao município, os suspeitos voltaram para Linhares, no Norte do Estado e, na noite seguinte, foram novamente a São Gabriel para cometerem o latrocínio.
O delegado informou que Joselma estaria envolvida em crimes relacionados a drogas.
“O inquérito indicou que ela estaria envolvida em atividades criminosas relacionadas a drogas e teria alugado o carro para o crime. Testemunhas e interrogatórios indicam que Joselma conhecia a vítima e tinha relação comercial com ele, sendo Mazinho um agiota da região”.
Digitais identificaram suspeitos do crime
Foram coletadas as impressões digitais no local do crime, que identificaram a presença dos suspeitos e que poderiam ser os autores dos disparos. O celular de Joselma foi apreendido pela Polícia Civil para a descoberta de mais detalhes.
A Polícia Civil informou que os envolvidos foram formalmente identificados e indiciados pela prática do crime de latrocínio. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES).