Na noite da última sexta-feira (30), Feira de Santana foi tomada por uma onda de amor, saudade e comoção. Amigos e familiares do jovem Haron Gabriel Farias Franco, de apenas 17 anos, se reuniram para prestar uma última homenagem ao rapaz, que perdeu a vida de forma trágica em um acidente de moto no último sábado, dia 24 de maio.
O grupo percorreu diversas ruas da cidade — entre elas as ruas do Conjunto Luís Eduardo e as avenidas João Durval Carneiro e a Presidente Dutra —, em uma manifestação de carinho que misturou lágrimas, sorrisos e lembranças de Haron Gabriel. Muitos estavam de bicicleta, outros em carros e motos, levando nas mãos balões brancos, símbolo de paz e saudade, e vestindo camisetas estampadas com a seguinte mensagem:
“Você sempre foi um bom filho, um bom amigo, um bom irmão que ocupará um lugar em nosso coração. Jamais será esquecido; a infância, as risadas e as memórias estarão sempre presentes comigo. Brilhe intensamente de onde estiver.”
Haron, que era morador do bairro Tomba, estava na garupa de uma motocicleta conduzida por um adolescente de 16 anos, que pilotava sem habilitação e, segundo a família, com o consentimento dos pais. O acidente aconteceu na Avenida Eduardo Fróes da Mota, nas proximidades da entrada do Conjunto Feira IX. Haron não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
A mãe do jovem, Joice Farias Oliveira, falou com o Acorda Cidade e, entre a dor, a saudade e as boas lembranças, ela reforçou a importância do cuidado e da orientação na vida dos filhos.
“Meu filho deixou um legado. Era um menino tão amável. Isso que estamos fazendo é também uma forma de justiça, porque meu filho se foi de uma forma tão trágica, tão novo. Com isso tudo, queremos deixar claro a importância de orientar nossos filhos, aconselhar, dizer não para algumas atitudes, pois isso pode gerar consequências como aconteceu com Haron Gabriel”, desabafou.
Segundo os familiares, a escolha pela bicicleta e pelo passeio pelas ruas da cidade não foi por acaso. Estar com os amigos, pedalar, rir e viver momentos de descontração era uma das coisas que Haron mais gostava de fazer. Por isso, os próprios amigos organizaram o encontro, que reuniu cerca de 150 pessoas, transformando a dor em demonstrações de amor e afeto.
O nome de Haron Gabriel agora ecoa não apenas nas lembranças daqueles que conviveram com ele, mas também como um alerta à sociedade sobre a responsabilidade no trânsito, especialmente quando envolve adolescentes. Haron partiu cedo demais, mas o amor e os ensinamentos que deixou permanecerão vivos na memória, no coração e nos gestos de seus amigos e familiares.
Com informações da produtora e jornalista Daniela Cardoso do Acorda Cidade
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