Justiça determina desinterdição da maior penitenciária de Minas Gerais


Complexo Nelson Hungria, que fica em Contagem, na Grande Belo Horizonte, estava parcialmente interditado desde dezembro. Vista aérea da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem
Reprodução/Globocop/TV Globo Minas
A Justiça de Minas Gerais determinou a desinterdição do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A decisão é do juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, da Vara de Execuções Criminais.
Na decisão, assinada nesta sexta-feira (30), o magistrado afirmou que a unidade “vem funcionando normalmente e em boas condições de segurança e disciplina”. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ele fez uma visita ao local dois dias antes do parecer.
O pedido para o juiz reconsiderar a interdição foi feito pelo Departamento Penitenciário mineiro, após a Polícia Penal apresentar informações sobre as medidas adotadas para resguardar a normalidade de funcionamento da penitenciária.
De acordo com a Sejusp, após a mudança na direção geral da unidade, rotinas foram revisadas e procedimentos operacionais otimizados.
O Complexo Penitenciário Nelson Hungria é o maior de Minas Gerais.
Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH
Reprodução/TV Globo
Superlotação e efetivo baixo
A unidade prisional estava parcialmente interditada desde dezembro, também por decisão do juiz Wagner de Oliveira Cavalieri.
Os argumentos usados pelo magistrado para determinar a interdição, há pouco mais de cinco meses, foram a superlotação e a diminuição do efetivo após a exoneração de mais de 100 agentes, o que estava provocando prejuízos às operações do complexo.
Na época, a penitenciária estava com 61,3% mais presos do que a capacidade projetada.
Entre os problemas apontados estavam a dificuldade de controle interno, incapacidade de oferecer serviços e benefícios previstos por lei, como atendimento médico e banho de sol, além de desgaste físico e emocional dos servidores que continuarem em serviço.
O juiz ainda chegou a citar que os sistemas de câmeras de segurança estão sem funcionar “há meses”, prejudicando a gestão da segurança da unidade.Vídeos mais vistos no g1 Minas:
Vídeos mais vistos no g1 Minas:
Adicionar aos favoritos o Link permanente.