Em 1967, a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética estava no auge. Cada missão era uma chance de provar superioridade, mas nem todas terminaram em glória. Uma delas, a Soyuz 1, acabou em tragédia, levando à morte do cosmonauta Vladimir Komarov de uma forma tão horrível que seu último momento no rádio ainda ecoa como um alerta sobre os riscos da exploração espacial.
A missão começou em 23 de abril de 1967, com Komarov a bordo da Soyuz 1, a primeira espaçonave tripulada do programa Soyuz. O plano era ambicioso: após orbitar a Terra, a nave se encontraria com a Soyuz 2, e dois cosmonautas fariam uma transferência de equipe no espaço.
Mas logo no início, os problemas apareceram. Um dos painéis solares não abriu, deixando a nave com energia insuficiente. Sem controle total da direção, a missão foi abortada, e Komarov recebeu ordens para retornar à Terra.
Vladimir Mikhaylovich Komaro morreu em 1967
A reentrada na atmosfera aconteceu sem maiores complicações, mas o verdadeiro desastre estava por vir. A cerca de 7 mil metros de altitude, o paraquedas freador deveria se abrir para reduzir a velocidade da cápsula. Ele até funcionou, mas um sensor defeituoso impediu que o paraquedas principal fosse acionado. Para piorar, o paraquedas reserva se enroscou no freador, deixando Komarov sem nenhuma chance de frear a queda.
Enquanto a cápsula despencava em direção ao solo, Komarov sabia que não havia escapatória. Suas últimas palavras, captadas por uma estação de escuta dos EUA na Turquia, revelaram um misto de raiva e resignação. Ele discutia com Alexei Kosygin, um alto funcionário soviético, e em meio à conversa, sua frustração transbordou.
Sua nave espacial falhou após sua reentrada
Relatos não oficiais, como os do livro Starman, afirmam que ele teria dito: “Esta nave maldita! Nada funciona como deveria”. No entanto, os registros oficiais russos mostram uma versão diferente: suas últimas mensagens foram calmas, incluindo um tranquilizador “Estou me sentindo bem, tudo em ordem” antes do impacto.
A queda aconteceu em um campo aberto na Rússia, por volta das 7h da manhã. A força do choque foi tão violenta que a cápsula explodiu, reduzindo o corpo de Komarov a fragmentos carbonizados. Testemunhas disseram que apenas seu osso do calcanhar estava reconhecível.
O acidente atrasou o programa lunar soviético em mais de um ano e expôs falhas graves no design da Soyuz, que mais tarde foram corrigidas. Mas para Komarov, não houve segunda chance. Sua morte permanece como um dos momentos mais sombrios da história da exploração espacial, um lembrete brutal dos perigos que os pioneiros do espaço enfrentaram em nome do progresso.
Esse Cosmonauta teve palavras finais arrepiantes na última transmissão enquanto caía do espaço foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
