Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade: saiba mais sobre os cuidados com a saúde reprodutiva

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Foto: Freepik

As mulheres são férteis até a menopausa? É verdade que alguns tratamentos oncológicos podem afetar a fertilidade? O uso de anticoncepcional por tempo prolongado prejudica a fertilidade feminina? Para engravidar, um casal deve ter relações diariamente? Fumar prejudica a fertilidade? A mulher é a principal responsável pela infertilidade conjugal? Homens que fizeram vasectomia não podem mais ter filhos? Quem faz tratamentos para engravidar sempre tem gêmeos? Quando o assunto é fertilidade, essas e muitas outras questões são comuns para uma grande parcela da população brasileira. De acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 17,5% da população adulta global tem problemas para ter filhos.

Caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com vida sexual ativa e que não usa medidas anticonceptivas por um período de um ou mais anos, a infertilidade desperta muitas dúvidas e ainda é encarada como um tabu por boa parte dos homens. “A informação é uma grande aliada das pessoas que querem ter filhos, hábitos saudáveis contribuem para a saúde reprodutiva e é importante considerar as consultas de rotina com o ginecologista ou urologista e os exames anuais como forma de prevenção também”, esclarece o ginecologista Joaquim Lopes, fundador do Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, clínica que faz parte do Grupo Huntington, um dos principais Grupos de Reprodução Assistida da América Latina.

O médico destaca que a medicina reprodutiva ajuda não apenas casais que sofrem de infertilidade, mas também as mulheres e homens que desejam ter filhos de maneira independente, assim como os casais homoafetivos. “Com os avanços da sociedade, a reprodução assistida ganhou um papel fundamental para os novos modelos familiares”, afirma Joaquim Lopes.

Além disso, com as técnicas de criopreservação, é possível preservar a fertilidade para quem planeja ter filhos no futuro ou para quem vai se submeter a alguns tipos de tratamento oncológico que podem comprometer a fertilidade.

Aconselhamento reprodutivo

Ainda existe um desconhecimento muito grande sobre saúde reprodutiva. Mulheres que chegam aos 30 anos e sonham em ter filhos, mas precisam adiar a maternidade por motivos diversos, devem realizar um aconselhamento reprodutivo para prevenção de problemas de fertilidade, uma vez que a mesma entra em declínio progressivo com o passar dos anos. “As mulheres têm conhecimento sobre o relógio biológico como fator importante da fertilidade, mas ainda precisa haver mais conscientização sobre a importância de preservar sua condição reprodutiva”, destaca.

O médico lembra que hoje muitas mulheres costumam buscar ajuda especializada para ter filhos numa idade mais avançada e já com a fertilidade comprometida, sem nunca terem avaliado sua condição reprodutiva antes. “Ao diagnosticar e tratar precocemente um fator de fertilidade, a mulher pode manter sua saúde reprodutiva e evitar problemas que exijam tratamentos mais complexos para ter filhos”, explica.

A recomendação é que uma mulher com menos de 30 anos e vida sexual ativa, que deseja ser mãe, pode esperar até dois anos para que aconteça a gravidez se ela já foi avaliada por um especialista e não apresenta nenhum problema que possa afetar sua fertilidade. Caso a mulher tenha mais de 30 anos não deve aguardar mais que um ano para iniciar uma investigação com o especialista. Se atingiu 35 anos, o prazo de espera não deve ultrapassar seis meses. Após os 40 anos se a mulher deseja engravidar deve, de imediato, iniciar a investigação da sua capacidade fértil.

Saúde reprodutiva

Segundo Joaquim Lopes, além das consultas e exames de rotina para mulheres e homens, adotar alguns hábitos fazem a diferença para a saúde reprodutiva. Praticar atividade física regular, controlar o estresse e a ansiedade, dormir bem, ter uma alimentação equilibrada, manter uma vida sexual saudável com uma frequência média de três relações por semana, saber o período fértil da mulher, e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas são algumas das medidas que podem aumentar as chances de uma gravidez natural.

“Manter-se no peso adequado, não fumar e praticar sexo seguro também ajudam a condição reprodutiva”, destaca o médico. “Obesidade, tabagismo e Infecções Sexualmente Transmissíveis podem comprometer a fertilidade nos dois sexos”, completa.

No passado, a reponsabilidade pela infertilidade era sempre atribuída à mulher, mas, hoje, já está comprovado que a responsabilidade pela gravidez deve ser compartilhada igualmente pelos dois sexos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), estima-se que cerca de 35% dos casos de infertilidade podem ser atribuídos à mulher, outros 35% são de responsabilidade do homem, 20% estão relacionados a ambos e 10% são de causas desconhecidas. Quando um casal não consegue ter filhos naturalmente e vai buscar ajuda especializada, a investigação da infertilidade conjugal deve ser feita sempre pelos dois sexos.

Incubadora de embriões com tecnologia de ponta e integrada a Inteligência Artificial é um marco na reprodução assistida

Um dos desafios dos tratamentos de reprodução assistida é garantir a implantação do embrião no útero da futura mãe para que a gravidez aconteça e se desenvolva de forma saudável, evitando a repetição de ciclos de Fertilização in Vitro, que costumam ter um custo emocional e financeiro para os pacientes que buscam ajuda especializada para ter filhos. Para otimizar esse processo, o Cenafert implantou, de modo pioneiro em Salvador, uma incubadora de última geração que permite monitorar o desenvolvimento do embrião em tempo real e sem manipulação externa. Trata-se do EmbryoScope® Plus, equipamento de alta tecnologia que funciona com um sistema de vídeo time-lapse capaz de gerar imagens a cada 10 minutos, permitindo avaliar com precisão padrões do crescimento embrionário, 24 horas por dia, sete dias por semana.

“Essa tecnologia é um marco na reprodução assistida na Bahia e uma tendência nos principais centros e laboratórios de reprodução assistida do mundo”, destaca a ginecologista Gérsia Viana, especialista em medicina reprodutiva e diretora do Cenafert. “O embrioscópio possibilita a análise de um grande número de informações do desenvolvimento embrionário e, consequentemente, auxilia na escolha do melhor embrião que será transferido ao útero”, acrescenta a especialista.

O equipamento permite selecionar com mais precisão o embrião em melhor condição e, no momento mais adequado, para transferência para o útero da mulher, através de um processo seguro e eficiente. “O sucesso dos tratamentos de Fertilização in Vitro depende da qualidade e da morfologia do embrião assim como sua capacidade de se desenvolver de forma saudável, o que permite um ciclo de Fertilização in Vitro bem sucedido”, explica a embriologista Janaina Mendes Maciel, da equipe do Cenafert.

Outro diferencial é que o novo aparelho também possibilita que os pacientes possam visualizar imagens do embrião durante seu processo de evolução.

No método tradicional, os embriões precisavam ser retirados do seu cultivo na incubadora para avaliação através de um microscópio externo. Com a incubadora dotada do sistema de vídeo time-lapse e integrada à inteligência artificial Maia (desenvolvida pela Grupo Huntington), os embriões não precisam ser manipulados fora do seu ambiente durante todo o período de cultivo laboratorial. “Essa tecnologia permite que o monitoramento do desenvolvimento embrionário e a seleção dos melhores embriões sejam realizados de forma mais assertiva e segura, sem demandar nenhuma manipulação externa “, afirma Janaina Mendes Maciel.

Sobre o Cenafert

Com sede no bairro de Ondina, em Salvador, o Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, inaugurado há 22 anos, é uma clínica especializada em reprodução assistida e tem como missão garantir uma atenção integral e humanizada a pessoas que sonham em ter filhos. Ao longo de sua atuação, a clínica já contabiliza mais de 3.500 bebês nascidos através das diversas técnicas de reprodução assistida.

O laboratório de reprodução assistida do Cenafert oferece tecnologia de ponta para a realização dos procedimentos com eficácia e segurança. O paciente infértil conta com o suporte de uma equipe médica multidisciplinar, experiente e qualificada, e com serviços que vão desde o atendimento de casos mais simples – solucionados com tratamento de menor complexidade – até aqueles que exigem o emprego de técnicas avançadas no campo da reprodução assistida.

O Cenafert faz parte do Grupo Huntington, um dos principais Grupos de Reprodução Assistida da América Latina. Mais informações no site https://cenafert.com.br/

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