Se você tem o sonho de ser pai ou mãe, é de grande importância saber quanto custa ter um filho no Brasil, o mesmo vale para caso já tenha descoberto que há um bebê a caminho.
Isso porque, com esse conhecimento, você poderá se planejar de maneira mais adequada e ter uma noção mais clara a respeito de todos os gastos que terá, por exemplo, com alimentação, roupas, plano de saúde, educação etc.
Neste conteúdo, saiba mais detalhes sobre quanto custa para ter um filho e confira dicas para se preparar financeiramente para essa fase da vida.
Quanto custa ter um filho no Brasil?
O custo para ter e criar um filho no Brasil desde o nascimento até os 18 anos varia entre R$ 239.600 e R$ 3.600.000, segundo dados do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Esses valores são baseados na classe social e na renda mensal das famílias.
A seguir, veja quais são os custos médios para ter um filho em cada cenário:
- classe A (renda a partir de R$ 39.600): R$ 3.600.000;
- classe B (renda de R$ 13.201 até R$ 26.400): entre R$ 1.200.000 e R$ 2.400.000;
- classe C (renda de R$ 5.281 até R$ 13.200): entre R$ 480.000 e R$ 1.200.000;
- classe D (renda de R$ 2.641 até R$ 5.280): entre R$ 239.600 e R$ 479.000;
- classe E (renda de até R$ 2.640): R$ 239.600.
Esses valores, além de serem influenciados pela classe social e renda, podem ser impactados pela inflação, pelas variações regionais e pelo estilo de vida da família, tornando os custos mais altos ou mais baixos.
Nas classes “A”, “B” e “C”, os itens mais caros do orçamento familiar costumam ser a educação e a saúde. Já nas “D” e “E”, há uma distribuição entre alimentação, moradia, entretenimento e lazer.
Isso acontece porque, nas classes mais baixas, as famílias normalmente buscam por escolas e sistemas de saúde públicos.
Já famílias com maior poder aquisitivo tendem a investir em instituições de ensino particulares e planos de saúde para os seus filhos.
Esses valores apresentados acima já ajudam a ter uma ideia a respeito de quanto custa para ter um filho no Brasil em 2025, de acordo com a sua situação financeira. Porém, é possível entender essas despesas com mais detalhes, como mostra o tópico seguinte.
Quanto custa ter um filho em diferentes fases da vida?
É importante ter em mente que o custo para ter um filho, além da classe e renda, varia conforme a fase de vida da criança.
Acompanhe, a seguir, quais são os valores médios desde a gestação até os 18 anos, incluindo os principais gastos em cada estágio.
Durante a gestação
Quando pensamos em quanto custa para ter um filho, costumamos considerar as despesas somente depois do nascimento da criança, porém, isso não é o correto, afinal, os gastos já começam na gestação.
Nesta fase, os primeiros custos serão com as consultas de pré-natal, e elas não são poucas. Normalmente, as pacientes são orientadas a passar por consultas com suas obstetras durante toda a gestação.
Isso equivale a aproximadamente 12 consultas, sendo uma mensal até entrar no sexto mês e depois duas vezes ao mês até o parto.
No pré-natal ainda são solicitados diversos exames para checar a saúde da gestante e do futuro recém-nascido.
Por essas razões, quando uma pessoa está planejando ter um filho, o indicado é que ela contrate um plano de saúde que cubra todas as suas consultas, exames e o parto.
Afinal, em clínicas e hospitais particulares, esses gastos poderiam impactar consideravelmente o orçamento familiar antes mesmo de a criança nascer.
Lembrando que a maioria dos planos de saúde têm um período de carência, então também é necessário ficar atento a essa questão na hora de contratá-lo.
Ainda no estágio da gravidez, há os gastos com o enxoval, o que inclui roupas, acessórios, berço, banheira, carrinho, bebê conforto e móveis. No total, todos esses custos podem chegar a R$ 25.000.
Primeiros 5 meses de vida
Os gastos nessa fase incluem fraldas, leite (fórmula ou utensílios para amamentação), consultas pediátricas, produtos de higiene e medicamentos. De acordo com o portal Jornada de Pai, os custos mensais podem variar entre R$ 400 e R$ 2.000, dependendo da marca dos produtos, frequência de consultas e necessidade de medicamentos.
De 6 meses a 2 anos
Dos 6 meses aos 2 anos, os custos serão, principalmente, com alimentação, vacinas, brinquedos educativos e berçário ou creche. Essas despesas podem chegar a R$ 2.500 por mês ou mais, dependendo do estilo de vida e da classe social da família.
Dos 3 aos 5 anos
Com o início da educação infantil, uniforme, materiais pedagógicos, brinquedos, atividades e passeios, os custos mensais podem chegar até R$ 3.500. O portal Estadão E-Investidor aponta que, entre os 3 e 5 anos, as despesas básicas somam R$ 28.801,44, considerando alimentação, saúde e educação.
Dos 6 aos 12 anos
Já dos 6 aos 12 anos, os custos que você terá com seu filho, além da educação, serão relacionados a itens como transporte escolar, roupas e calçados. No total, eles podem chegar a R$ 4.000 por mês.
Dos 13 aos 18 anos
Quando seu filho estiver na adolescência, as despesas com escola serão somadas aos custos pré-vestibulares. Além disso, nessa fase, há gastos com dispositivos como celular e computador, lazer e atividades curriculares, como:
- curso de idioma — inglês, espanhol etc.;
- esportes — futebol, vôlei, natação etc.;
- aulas de música, dança, teatro etc.
Tudo isso pode gerar custos por volta de R$ 5.000 por mês ou mais.
Principais custos na criação de um filho
Até aqui, você conferiu quanto custa ter um filho por mês em cada fase da vida — da gravidez até os 18 anos.
Para complementar seu entendimento sobre o assunto, confira uma lista detalhada com as principais despesas relacionadas à criação de um filho:
- educação: berçário, creche e escola, livros, cadernos, mochila, lancheira e materiais escolares (lápis, borracha, apontador, estojo, tesoura, cola, marca-texto e corretivo);
- saúde: consultas, exames, remédios, vacinas e plano de saúde;
- alimentação: café da manhã, almoço, jantar, lanches na escola e em passeios com a família;
- produtos de higiene: fralda, shampoos, sabonetes, pomadas, cortador de unha, escova de dente e termômetro;
- transporte: combustível e transporte escolar;
- vestuário: roupas, calçados, acessórios e uniformes escolares;
- lazer e entretenimento: brinquedos, videogames, cinema, shopping, parques, viagens, excursões escolares e dispositivos tecnológicos.
É válido observar que essas despesas podem ser classificadas em dois tipos: custos fixos e variáveis.
No primeiro grupo estão os gastos com educação, saúde, alimentação, produtos de higiene e transporte. Afinal, eles são itens indispensáveis para a criação e o desenvolvimento do seu filho.
Já no caso dos custos variáveis, se enquadram as despesas com vestuário, lazer e entretenimento. Isso porque elas permitem uma maior flexibilidade.
Como se preparar para ter um filho?
Como você viu ao longo do conteúdo, ao ter um filho, é necessário lidar com uma série de gastos. Por esse motivo, é fundamental se preparar para esse momento adequadamente. Dessa forma, é possível manter a saúde financeira da sua família.
Para isso, acompanhe as dicas a seguir.
Faça um planejamento financeiro
O primeiro passo é organizar o seu orçamento familiar, considerando todas as suas receitas e despesas atuais, e incluir os gastos futuros que terá com seu filho.
Assim, você conseguirá fazer um planejamento financeiro mais eficiente, levando em conta os novos custos que terá com educação, saúde, alimentação etc. É válido mencionar que planilhas e aplicativos são de grande ajuda nessa tarefa.
Crie uma reserva de emergência
Outra dica relevante para se preparar para ter um filho é montar uma reserva de emergência que cubra, pelo menos, seis meses do seu custo de vida mensal.
Dessa maneira, caso aconteça algum problema ou imprevisto, vocês terão dinheiro para lidar com a situação e evitar maiores apertos.
Pesquise opções de serviços e produtos
Além das recomendações anteriores, é interessante que você esteja sempre pesquisando por opções de produtos e serviços.
Com essa prática, você pode encontrar ofertas e soluções que oferecem um bom custo-benefício, o que o ajudará a economizar.
Considere custos com educação e saúde
Como explicado, os custos com educação e saúde costumam ser os mais elevados na criação de um filho. Portanto, dê bastante atenção a eles ao se planejar.
Avalie, por exemplo, se o seu filho estudará em uma escola pública ou privada, e qual tipo de plano de saúde contratará para ele. Hoje em dia, existem muitas opções com diferentes coberturas. Então é preciso fazer uma boa análise.
Além de todas essas dicas, avalie o padrão de vida da sua família e veja se não é possível fazer ajustes ou mudanças pensando na chegada de um filho.
Já quando você tiver o seu filho, também existem algumas recomendações importantes para considerar relacionadas a gastos.
A primeira delas é educar o seu filho financeiramente para que ele seja uma pessoa consciente sobre o uso do dinheiro. Para essa tarefa, você pode, por exemplo:
- explicar de onde vem o dinheiro (trabalho, esforço, troca de bens ou serviços);
- mostrar que o dinheiro é limitado e precisa ser bem administrado;
- usar exemplos como “se você gasta tudo no sorvete, não terá para o brinquedo”;
- dar um cofrinho para incentivar o hábito de poupar;
- usar jogos de educação financeira para falar sobre dinheiro;
- dar mesada com propósito, ensinando como usá-la com sabedoria.
Ressaltando que você deve também estabelecer regras para a mesada para que o aprendizado do seu filho seja eficiente.
Como a Previdência Privada ajuda na criação de um filho?
Para concluir o conteúdo, separamos, neste tópico, um tema de grande relevância sobre criar um filho, mas que nem todo mundo sabe ou considera: a Previdência Privada.
A razão é que a Previdência Privada pode ser uma ótima ferramenta para garantir o futuro financeiro de um filho. Por meio dela, você tem a possibilidade de fazer aportes mensalmente ou de forma esporádica, de modo a acumular recursos ao longo do tempo para cobrir custos com educação, saúde etc. Assim, quando o seu filho chegar na adolescência, por exemplo, o dinheiro investido pode ser revertido para pagar ou complementar essas despesas.
Esse dinheiro pode ser usado para pagar um cursinho, a universidade, um intercâmbio etc. Portanto, vale a pena considerar o investimento em uma Previdência Privada infantil para o seu filho. Quanto mais cedo começar, melhor, pois você terá mais tempo para acumular recursos e fazer o dinheiro investido render.
Ser pai ou mãe é uma experiência única, porém, ela também envolve despesas consideráveis. Sendo assim, não deixe de considerar as informações deste conteúdo sobre quanto custa ter um filho até os 18 anos para se planejar adequadamente.
Para complementar seus estudos, confira este outro conteúdo a respeito da jornada da paternidade.
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