‘Clima é de tensão’: estudantes brasileiros relatam medo após investida de Trump contra alunos de Harvard


Hoje, dos quase 7 mil alunos matriculados na instituição, 27% não nasceram nos Estados Unidos. Trump congelou mais de US$ 2 bilhões em subsídios e contratos, paralisando diversas pesquisas, voltadas a Alzheimer, múltipla esclerose e demência, por exemplo. Estudantes brasileiros falam dos reflexos do ataque de Trump a Harvard
A justiça norte-americana suspendeu, temporariamente, a decisão do governo Trump de barrar estudantes estrangeiros em Harvard. No entanto, essa medida não foi suficiente para reduzir o impacto do presidente dos EUA na instituição.
Desde que tomou posse, Trump fez uma série de exigências para a universidade continuar a receber verbas federais – ou seja, quase US$ 9 bilhões (R$ 50,75 bilhões) ficaram em jogo (veja mais detalhes no vídeo acima).
Entre elas estão: proibição do uso de máscaras em protestos dentro do Campu e o fim de programas de diversidade, equidade e inclusão. Na semana passada, o governo tentou revogar o direito de Harvard receber estudantes e professores estrangeiros.
Hoje, dos quase 7 mil alunos matriculados na instituição, 27% não nasceram nos Estados Unidos.
“Tá um clima de muita tensão (…), a faculdade tem um programa específico para estudantes que querem fazer pesquisa durante as férias de verão. E eles dão dinheiro, cerca de US$ 4 a US$ 8 mil (R$ 22,56 a R$ 45,11 mil), e simplesmente as pessoas que aplicaram, a maioria receberam um ‘não'”, contou o estudante de física Diogo de Souza.
Depois que se formam, os alunos com visto de estudante podem trabalhar por até três anos nos Estados Unidos. No entanto, se a instituição perder definitivamente o direto de ter alunos estrangeiros, os formandos deste ano já não poderão mais trabalhar.
“Eu só pude vir à Universidade Harvard porque um dia eu sonhei que, para um estudante de escola pública, haveria uma porta quem sabe aberta, que estudantes de todo o mundo, por meio da educação, poderiam abrir espaços pelo mundo, inclusive na Universidade de Harvard (…) eu não quero ser o último, eu quero que mais e mais estudantes brasileiros de tudo quanto é canto do mundo venham”, afirmou o estudante de Economia e Governo Eduardo Vaconcelos.
‘Clima é de tensão’: estudantes brasileiros relatam medo após investida de Trump contra alunos de Harvard
Reprodução/Fantástico
Universidade conhecida por pesquisas
🏫 Do fermento em pó ao desfibrilador, Harvard – instituição mais rica e prestigiada dos Estados Unidos – é conhecida por ser uma universidade responsável por criar diversos itens que impactaram a vida de várias pessoas ao redor do mundo.
“As pesquisas em Harvard são fundamentais, é a parte central da instituição. Os professores dão aula, ou seja, o ensino é relevante, mas a pesquisa realmente é o coração da instituição”, afirmou o professor visitante Oliver Stunkel.
Trump, no entanto, já congelou mais de US$ 2 bilhões (R$ 11,28 bilhões) em subsídios e contratos, paralisando diversas pesquisas, voltadas a Alzheimer, múltipla esclerose e demência, por exemplo.
No currículo da universidade está o maior número de prêmios Nobel do mundo: 52 professores receberam o prêmio enquanto trabalhavam lá.
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