
Pesquisa mostra que quem votou no petista está dividido sobre responsabilidade no caso. Para quem votou em Bolsonaro, governo Lula é o responsável. Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (4) aponta que, para 31% dos entrevistados, o governo Lula (PT) é o principal responsável pelo dinheiro do INSS. Para 8%, o responsável é o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O levantamento mostra que, quem declarou votou em Lula no 2º turno em 2022, está dividido entre os dois governos na responsabilidade do caso. Para quem votou em Bolsonaro, o atual governo é o responsável.
Veja os números:
O governo Lula: 31%;
O INSS: 14%;
As entidades que fraudaram a assinatura dos aposentados: 8%;
O governo Bolsonaro: 8%;
Os aposentados que não conferiram os descontos antes: 1%;
Outros: 12%;
Não sabe/Não respondeu: 26%.
A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 29 de maio a 1 de junho. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil.
A pesquisa também mostrou os níveis de aprovação e reprovação do governo. A desaprovação de Lula, (PT) chegou a 51% entre entrevistados. Já a aprovação é de 40%.
Eleitores de Lula e Bolsonaro
Em pesquisa espontânea, ou seja, quando não é apresentada opções de resposta ao entrevistado, 13% dos eleitores de Lula disseram que o governo do petista é o responsável pelo desvio do dinheiro dos aposentados, enquanto 15% disseram que foi o governo Bolsonaro.
Veja os números (entre os eleitores de Lula em 2022):
O governo Lula: 13%;
O INSS: 18%;
As entidades que fraudaram a assinatura dos aposentados: 10%;
O governo Bolsonaro: 15%;
Os aposentados que não conferiram os descontos antes: 1%;
Outros: 13%;
Não sabe/Não respondeu: 30%.
Entre os eleitores que declararam voto no ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno em 2022, 53% disseram que o governo Lula é o principal responsável.
Veja os números (entre os eleitores de Bolsonaro em 2022):
O governo Lula: 53%;
O INSS: 11%;
As entidades que fraudaram a assinatura dos aposentados: 6%;
O governo Bolsonaro: 1%;
Os aposentados que não conferiram os descontos antes: 0%;
Outros: 14%;
Não sabe/Não respondeu: 15%.
Já quem declarou ter votado em branco, nulo ou que não foi votar em 2022, 33% afirmaram que o responsável é o governo Lula.
Veja os números (entre os eleitores que disseram ter votado em branco/nulo ou não foram votar em 2022):
O governo Lula: 33%;
O INSS: 11%;
As entidades que fraudaram a assinatura dos aposentados: 6%;
O governo Bolsonaro: 4%;
Os aposentados que não conferiram os descontos antes: 1%;
Outros: 10%;
Não sabe/Não respondeu: 35%.
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Devolução do dinheiro desviado
A Quaest também perguntou qual seria a prioridade do governo Lula para devolver o dinheiro desviado de aposentados e pensionistas do INSS.
52% disseram que a prioridade é devolver o dinheiro apenas com os recursos que forem bloqueados das entidades investigadas, enquanto 41% disseram que a prioridade é devolver o dinheiro desviado mesmo que tenha de usar recursos públicos. 7% não souberam ou não responderam.
Metade dos entrevistados (50%) disseram que é importante abrir uma CPI do INSS no Congresso Nacional, enquanto 43% disseram que uma investigação da Polícia Federal é suficiente e que a oposição só quer desgastar o governo.
Entenda o escândalo do INSS
Uma investigação da Polícia Federal (PF), realizada em abril, revelou um amplo esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A PF afirma que associações que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.
O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019, durante o governo Bolsonaro, e 2024, já durante o governo Lula 3.
Lula durante reunião para anúncio de projeto da isenção do IR em 18/03/2025; Bolsonaro após julgamento no STF que o tornou réu, em 26/03/2025
Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo; Reuters/Adriano Machado