
Após a condenação do humorista Léo Lins a oito anos de prisão por “discursos preconceituosos contra grupos minoritários”, diversos humoristas saíram em defesa do colega de profissão nas redes sociais, entre eles o capixaba Renato Albani.
A condenação pela Justiça Federal acontece por conta de um vídeo, produzido em 2022, que mostra o show “Pertubador”, no qual Lins fez uma série de declarações contra negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência.
É um absurdo. O Brasil tem todos os problemas do mundo acontecendo e um comediante está sendo preso por estar fazendo piada. É um julgamento muito raso. Quem pode dizer o que é arte ou não? Comédia é arte. A gente vê as pessoas soltas que fizeram os crimes que o Léo fez piada. O cara que fez a piada é condenado e quem fez o crime está solto. É o começo do fim.
Renato Albani, humorista capixaba
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Outros humoristas defendem Léo Lins
Pela internet, humoristas como Rafinha Bastos, Antônio Tabet e Marcelo Tas saíram em defesa de Léo Lins, discordando da condenação e promovendo reflexões sobre a liberdade de expressão.
“Pode-se não achar a menor graça ou até detestar as piadas de Leo Lins, mas condená-lo à prisão por elas é uma insanidade e um desserviço”, comentou Tabet.
Marcelo Tas se pronunciou contra a decisão da Justiça brasileira e chamou de censura. “Quem não curte o Léo, é só buscar outro tipo de show. O resto é censura. Já vivemos isso. É inadmissível”.
Já Rafinha Bastos gravou um vídeo ironizando o caso e informando que se Léo Lins foi condenado, outros artistas também deveriam, como Adriana Esteves e Mateus Solano, pelas interpretações de personagens que cometeram crimes em novelas.
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Além da prisão, Lins foi condenado a pagar multa equivalente a 1.170 salários mínimos, em valores da época da gravação – cerca de R$ 1,4 milhão -, e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. Cabe recurso contra a sentença.
A defesa de Leo Lins criticou a sentença e informou que vai recorrer.