
O que dá pra esperar da Seleção Brasileira hoje em dia? Será que a nossa expectativa está muito fora da realidade? É só isso mesmo que temos?
A boa entrevista de Carlo Ancelotti após o empate em 0 a 0 com o Equador, pela 15ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, foi mais uma prova disso. Logo após sua estreia como treinador da Seleção, o italiano fez mais elogios aos equatorianos do que aos brasileiros. Sinal dos tempos?
A Seleção Brasileira atual não encanta, não empolga e não decide. É um time comum. Só que o Brasil não pode se acostumar a ser um time comum. Quando Vini Jr. e Casemiro deixam o campo elogiando a postura e o jogo e dizendo que estão felizes com o desempenho após mais um “jogo nota 5”, algo está errado.
Vinicius Júnior, de novo, foi bem abaixo do que se espera do melhor jogador do mundo. Estêvão, grande novidade, também. Richarlison mal pegou na bola. O meio de campo foi burocrático. De bom, a proteção à defesa, que levou pouquíssimos sustos.
Carlo Ancelotti chegou agora e deu somente um treino pra valer com o grupo completo. O trabalho vai evoluir.
As próximas convocações devem ter algumas mudanças. Mas não muitas. Porque a geração é essa aí que estamos vendo. Você pode trocar três ou quatro nomes, mas são muitos jogadores do mesmo nível. E este nível não é tão desequilibrante como o de décadas atrás.
Não falta vontade. Não falta amor à camisa. Não falta garra. O que falta é aquele algo a mais que as gerações vencedoras tinham.