O jornalista esportivo Luiz Ferreira destacou, em análise realizada no Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, os desafios enfrentados por Carlo Ancelotti em sua estreia como técnico da seleção brasileira, no empate sem gols contra o Equador pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Para ele, o cenário ainda não é favorável, apesar de sinais positivos. “Falta bastante coisa ainda para falarmos que a seleção está jogando futebol minimamente competitivo”, afirma.
Ferreira ponderou que o novo treinador teve pouquíssimo tempo de preparação com o elenco: apenas três treinos, sendo dois com o time completo. Ainda assim, viu avanços, especialmente na defesa. “Se formos olhar o copo meio cheio, ele conseguiu passar uma organização defensiva melhor. A seleção sofreu menos. Eu não consigo puxar pela cabeça aqui uma chance clara do Equador na partida de ontem”, analisa.
No ataque, no entanto, a atuação foi limitada. Vinícius Jr. apareceu como principal opção ofensiva, mas a ausência de Rafinha foi sentida. “O Estevão tentou, pelo menos, e não se omitiu. Mas era muito pouco”, avalia Ferreira. Ele também citou atuações abaixo do esperado, como a de Richarlison, e elogiou a volta de Casemiro e a atuação da dupla de zaga com Marquinhos e Alex, do Lille.
Sobre as críticas internacionais à estreia de Ancelotti, Luiz Ferreira apontou exagero. “A imprensa é emocionada. A imprensa esportiva como um todo é bem emocionada, principalmente a estrangeira”, diz. Para ele, é preciso ter paciência. “Não vai ser em dois, três treinamentos que ele vai conseguir implementar seus conceitos”, pondera.
A seleção brasileira segue com boas chances de se classificar para a próxima Copa, que terá 48 seleções. “Vai acontecer uma verdadeira tragédia o Brasil não se classificar. Acho que esse é o menor dos problemas”, minimiza.
O próximo jogo do Brasil será na próxima terça-feira (10), às 21h45 (horário de Brasília), contra o Paraguai, em São Paulo (SP). A vitória, combinada com outros resultados, pode garantir matematicamente a vaga na Copa.
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