Morte de adolescente: advogado do mandante do crime é investigado

Vítima – Marcelo Henrique Dias Pereira Rodrigues, de 14 anos – Foto: Sesp

A Polícia Civil apura a conduta do advogado de Vitor Blennon, preso suspeito de ser o mandante do assassinato de Marcelo Henrique Dias Pereira Rodrigues, de 14 anos, em Vitória.

Segundo as investigações, o advogado Maycon Costa de Oliveira teve acesso antecipado aos depoimentos das testemunhas e compartilhou os documentos com familiares do mandante.

Por isso, o advogado foi indiciado por coação e associação ao tráfico de drogas. Quem explica é o delegado Jorge Zan, adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória.

Esse material foi usado para ameaçar e agredir as testemunhas. Uma delas é uma adolescente de 16 anos com deficiência intelectual, que presenciou parte do crime e foi espancada. Outra vítima foi a mãe do adolescente assassinado, que teve que deixar sua casa e fugir do bairro.

A Justiça determinou a suspensão do exercício da advocacia de Maycon. A Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) informou que recebeu a notificação judicial sobre a suspensão do advogado e irá instaurar processo ético disciplinar para apurar o caso.

Por nota, o advogado investigado disse que já foram tomadas as medidas judiciais e administrativas sobre o pedido de suspensão e disse, ainda, que seus clientes conhecem sua idoneidade moral e ética profissional.

“Estou ao lado daqueles que a sociedade despreza, mas é onde escolhi estar”, finaliza.

Sete envolvidos na morte de adolescente foram presos

Quatro homens são apontados como mandante, executores e responsável por atrair a vítima. Outras três mulheres foram presas por coagir e agredir testemunhas do caso. As prisões acontecerem por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Suspeitos presos pela morte de Marcelo Henrique Dias Pereira Rodrigues
Suspeitos presos pela morte de Marcelo Henrique Dias Pereira Rodrigues. Fotos: Sesp/Divulgação

O delegado George Zan relatou que o jovem trabalhava para seus executores no tráfico da região e que, dias antes do crime, a vítima teve uma discussão com um dos executores e os dois chegaram a se agredir mutuamente. Poucos dias depois, o adolescente foi assassinado.

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