Transformar é preciso: o desafio de inovar e manter os pés no chão

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Foto: Freepik

*Artigo escrito por Michele Janovik, CEO do Base27

Vivemos em um contexto em que a inovação não é mais uma condição — é uma exigência. Organizações que desejam permanecer relevantes precisam estar atentas às transformações do mercado.

No entanto, inovar não pode ser confundido com mudar a qualquer custo. O desafio é grande: como transformar mantendo os pés no chão?

Inovar exige o olhar para o presente gerenciando o negócio principal, aprender com o passado renunciando práticas e/ou produtos que perdem valor à medida que o mercado se transforma, bem como olhar para o futuro convertendo ideias em novas soluções.

Inovar de verdade significa entender o que precisa ser mantido e o que deve ser reinventado e esse é um processo que exige escuta ativa, experimentação e consciência estratégica.

Inovação em um território historicamente conservador

O Espírito Santo tem mostrado que é possível pensar grande a partir de um território historicamente mais conservador.

Nosso ecossistema tem amadurecido e empreendedores locais vêm ganhando espaço nacionalmente. Contudo, o maior risco que corremos é o de tentar copiar fórmulas prontas.

Vale do Silício é uma inspiração

O Vale do Silício é uma inspiração, ou até mesmo a Ilha da Magia, como é conhecida carinhosamente a capital de Santa Catarina, Florianópolis, mas nossa realidade pede soluções genuinamente capixabas, com os pés no chão e os olhos no futuro.

Transformar é preciso, sim. Mas transformar com responsabilidade, com estratégia, com alinhamento à cultura local e aos verdadeiros problemas que precisamos resolver. É por isso que no Base27 apostamos em conexões verdadeiras entre startups, empresas e instituições.

Acredito que inovação não é apenas sobre tecnologia, mas sobre pessoas — e, principalmente, sobre impacto real em nossas empresas e nosso território.

É preciso saber dizer “não” quando necessário

Outro ponto crucial é saber dizer “não” quando necessário. Inovar também é ter clareza sobre o que não cabe mais no modelo atual, sobre o que não gera valor.

Não se trata de rejeitar ideias novas, mas de saber priorizar as que fazem sentido dentro de uma jornada consistente de crescimento.

Como líder, aprendo todos os dias que inovar é equilibrar sonho e pragmatismo. É ter ambição de futuro sem abrir mão do compromisso com o presente. É preciso ousar, mas também medir, acompanhar, ajustar. Inovação é movimento, mas é movimento com intenção.

Estamos diante de uma nova economia, cada vez mais colaborativa, ágil e consciente, para impulsionar negócios, fomentar talentos e, principalmente, colaborar para a construção de um Espírito Santo mais inovador, mais conectado e mais preparado para os desafios do mundo.

Transformar é preciso. Mas sem tirar os pés do chão. E é nesse equilíbrio que se constrói um futuro sólido e inovador.

Michele Janovik, CEO do Base27. Crédito: Base27/Divulgação.
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