Por que há tantos prefeitos e autoridades brasileiras em Israel em meio à guerra?

Por que há tantos prefeitos e autoridades brasileiras em Israel em meio à guerra?

Um grupo de 41 autoridades brasileiras se encontra em Israel em um momento de extrema tensão. A visita, focada em conhecimento tecnológico para gestão pública, coincidiu com uma escalada perigosa no conflito entre Israel e o Irã. Enquanto os brasileiros buscavam aprender, o cenário ao redor se transformou em um campo de batalha.

A viagem foi um convite da Embaixada de Israel no Brasil. O objetivo declarado era conhecer métodos tecnológicos aplicados à administração de cidades, uma área onde Israel é reconhecido mundialmente.

O grupo, que começou suas atividades nesta semana, é formado por prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais e estaduais, além de assessores técnicos. Entre os nomes de destaque estão o governador de Rondônia, Marcos Rocha, e os prefeitos de capitais como Belo Horizonte (Álvaro Damião) e João Pessoa (Cícero Lucena Filho). Welberth Rezende, prefeito de Macaé, confirmou o propósito da missão.

A composição da delegação reflete o interesse em diferentes áreas. Há secretários de segurança pública de cidades como Belo Horizonte (Márcio Lobato), Porto Alegre (Alexandre Aragon), Niterói (Gilson Chagas) e Florianópolis (Maryanne Mattos, que também é vice-prefeita). Representantes de inovação e tecnologia também estão presentes, como Verônica Pires, de São Luís, e Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul. Além do governador de Rondônia, o estado enviou secretários como Augusto Marques (Integração) e Valdemir Góes (Casa Militar), além de assessores diretos.

A situação mudou drasticamente. O Irã lançou um ataque com mísseis contra Israel, descrito como retaliação direta a ações israelenses anteriores que atingiram zonas residenciais e militares iranianas.

A mídia israelense reportou ao menos 63 feridos em seu território. Em resposta, Israel conduziu bombardeios contra o Irã na noite seguinte, atingindo alvos próximos à capital Teerã. Explosões foram relatadas na região.

Entre as vítimas fatais iranianas estavam figuras de alto escalão como o chefe da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas, general Mohammad Bagheri, e dois cientistas nucleares, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi. Os Estados Unidos negaram envolvimento nos ataques israelenses.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter atingido “dezenas de alvos militares” e instalações ligadas ao programa nuclear iraniano. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel completou um “ataque inicial” e está em um “ponto decisivo”, prometendo continuar as ações “pelo tempo necessário” para neutralizar a infraestrutura nuclear, as fábricas de mísseis e as capacidades militares do Irã.

A presença da comitiva brasileira em meio a este cenário bélico gerou preocupação. Diante da deterioração da segurança, a Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro intensificou articulações com o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).

O objetivo é enviar uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar as 41 autoridades. O comunicado do colegiado mencionou especificamente o resgate das autoridades, sem referência a outros civis brasileiros que possam estar no país.

Enquanto aguardam a concretização do plano de retirada, o grupo de gestores públicos brasileiros, que viajou em busca de conhecimento para melhorar cidades no Brasil, encontra-se em um imprevisto e perigoso cenário de conflito internacional. A missão de aprendizado transformou-se em uma espera por um voo seguro de volta ao Brasil.

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