Com aproximação do inverno, casos de doenças respiratórias sobem em Feira de Santana

gripe ou resfriado
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Com a aproximação do inverno, que neste ano começa oficialmente na próxima sexta-feira, dia 20 de junho, é natural que os looks quentes comecem a sair dos guarda-roupas. Mas, além da presença dos agasalhos, a época mais fria do ano dá sinais de que está chegando por conta do aumento do número de casos de doenças respiratórias.

Nesse período, caracterizado por um tempo mais frio e chuvoso, a sensação que se tem ao andar por Feira de Santana é que, em quase toda esquina, vamos encontrar alguém tossindo, espirrando ou com um leve “pigarro na garganta”. Mas será que está todo mundo gripado mesmo?

Sebastião Oliveira, diretor da rede de unidades médicas do Sistema Único de Saúde (SUS) geridas pela Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana
Sebastião Oliveira, diretor da rede de unidades médicas do Sistema Único de Saúde (SUS) geridas pela Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

O enfermeiro Sebastião Oliveira, diretor da rede de unidades médicas do Sistema Único de Saúde (SUS) geridas pela Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, confirmou ao Acorda Cidade que a suspeita é real. Ele afirmou que o comportamento é visto como natural por conta da facilidade de propagação dos chamados vírus respiratórios.

“Nós tivemos um aumento significativo, que, de certa forma, a gente já espera. É o que a gente chama de um comportamento sazonal durante o período de outono e inverno, em que realmente o número de pessoas que procuram as unidades de saúde com sintomas respiratórios acaba aumentando”, disse.

Velhos conhecidos

Segundo a literatura médica, a doença respiratória é uma condição que afeta as estruturas ou órgãos do sistema respiratório, como o nariz, laringe, faringe, traqueia e pulmões. Essas doenças podem comprometer tanto as vias aéreas superiores quanto as inferiores, causando irritação, inflamação e, em muitos casos, obstrução das vias aéreas, o que dificulta a respiração.

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Na lista de velhos conhecidos dos períodos mais chuvosos do ano estão doenças como a gripe, o resfriado, a rinite e a faringite. Os sinais mais comuns de doenças respiratórias incluem:

  • Tosse, que pode ser seca ou com secreção (muco);
  • Febre, que pode variar de leve a alta;
  • Congestão nasal e coriza, o popular “nariz escorrendo”;
  • Espirros frequentes;
  • Dor de garganta e irritação na garganta;
  • Dor de cabeça;
  • Fadiga e mal-estar geral;
  • Falta de ar, dificuldade para respirar ou sensação de aperto no peito;
  • Chiado no peito, especialmente em casos de asma ou bronquite;
  • Dor no peito, que pode indicar agravamento da doença;
  • Dores musculares e calafrios.

“A grande preocupação da gente é quando isso passa a ter um quadro com secreção em maior quantidade, dificuldade para respirar, apresentando ainda febre que dura por mais de três dias. Então é um sinal característico de que essa pessoa já está evoluindo para um quadro um pouco mais avançado”, disse o diretor ao Acorda Cidade.

“A gente já espera que, nesse período, ocorra o aumento do número de casos e, por isso mesmo, toda a rede busca desenvolver um processo de acolhimento, de triagem desses pacientes, onde, identificados sintomas gripais, imediatamente isola-se esses pacientes e eles são direcionados para o atendimento, para garantir o seu tratamento de forma mais rápida”, continuou.

Ajuda médica

O diretor da chamada rede própria da Secretaria de Saúde Municipal revelou que, apesar do crescimento de casos ser puxado pelo aumento dos atendimentos dentro das unidades de urgência e emergência, quem estiver apresentando algum sintoma característico dessas doenças respiratórias pode procurar os postos de saúde dos bairros.

“Nós temos alguns grupos que estão mais expostos, dada a condição da imunidade. São as crianças, os idosos e as pessoas que a gente chama de imunodeprimidas. São aquelas pessoas que têm uma infecção por Aids, fazem uso contínuo de corticóides ou que precisam fazer o uso de algum tratamento para câncer, por exemplo. São pessoas que estão mais expostas a essas doenças”, disse Sebastião.

Repouso e canja de galinha

Sebastião lembrou que a pandemia da Covid-19 serviu para que as pessoas tivessem um maior conhecimento sobre os métodos eficazes para se proteger de contaminações por vírus presentes livremente no ar. Além disso, o diretor afirmou que, mesmo agora, evitar aglomeração, assim como no período da pandemia, é fundamental para evitar algum tipo dessas doenças respiratórias.

“No período do frio, as pessoas tendem a ficar mais em casa ou procurar estar em espaços confinados. E isso é um fator que colabora para a disseminação dessas doenças. Se você vai a um ambiente e observa que alguém está com sintomas respiratórios, é fundamental que você se afaste. Faça aquela medida básica de higienização das mãos. Com a passagem da Covid-19, nós temos um número grande de estabelecimentos que têm álcool gel distribuído, e você deve continuar esse comportamento. Ajuda muito.”

Pacote de prevenção

Oliveira ainda reforçou a importância da vacinação como ferramenta de caráter preventivo e a utilização de máscara, principalmente pelas pessoas que já estão apresentando os sintomas característicos das doenças respiratórias mais comuns no período. O diretor deu um conselho para quem frequenta ambientes com um grande número de pessoas.

“Se você está em um ambiente como esse, por exemplo, você está indo para um cinema e identifica pessoas com sintomas gripais próximos de você, se possível, ande com a máscara na sua bolsa, na sua carteira, retire e coloque. Isso é fundamental, porque vai garantir sua segurança e, num primeiro momento, higienizar as mãos”, concluiu o diretor.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão

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