Diretor-geral da Klabin avalia desafios da liderança em um ambiente multigeracional e de alta competitividade

A Klabin, uma das principais empresas do setor de papel e celulose no Brasil, tem vivenciado uma transformação gerencial nos últimos anos. À frente da diretoria-geral da companhia desde 2017, Cristiano Teixeira afirma estar em um momento de evolução pessoal. “Comecei a trabalhar muito cedo e estou em um bom momento da carreira. Recentemente, acho que venho evoluindo em diversas frentes e, quando avalio questões geracionais, tenho aprimorado a capacidade de me engajar com a geração jovem, que se comunica com muito mais rapidez”, afirmou. “Quero continuar me preparando para conversar de igual para igual com esse novo mundo de relações mais fluidas”, complementou.

Segundo Teixeira, a diretoria passou por um processo de renovação após a conclusão dos ciclos de carreira de profissionais que estavam há muitos anos na empresa. “Pessoas importantes que estavam na companhia há muitos anos concluíram o seu plano de carreira. Então, houve uma grande renovação entre o quadro de diretores a partir do processo de sucessão. Mas os executivos de hoje são profissionais que já estiveram em diversas áreas da empresa, portanto, muito experientes também. Além disso, pelo aumento histórico do turnover no pós-pandemia, tem muito jovem entrando, e a Klabin vem renovando seus times”, explicou.

Atualmente, a Klabin conta com 18 mil colaboradores diretos, sendo mais de 1.500 com mais de 20 anos de casa. “Temos até quatro gerações atuando simultaneamente na companhia. O dado reflete o quanto as pessoas conseguem construir suas carreiras na Klabin e como a empresa atrai novos talentos”, destacou o executivo.

 

O executivo considera que buscar, reter e desenvolver pessoas em todos os níveis é um dos principais desafios da gestão atual. “Também é importante termos abertura e maturidade para equilibrar as diferentes necessidades geracionais, criando um ambiente que favoreça times integrados”, disse.

A cultura de aprendizado contínuo é um dos pilares da companhia. “Valorizamos o conhecimento e criamos um ambiente em que as pessoas aprendem constantemente sobre suas funções e o setor”, afirmou o diretor-geral. “Entre as competências esperadas, temos a eficiência, o protagonismo, a adaptabilidade e o senso de time, que englobam atributos como: decisões a partir de conhecimento técnico e analítico; busca pelo autodesenvolvimento; e a prática de boas conversas”.

Chamado de Cris pelos colegas de trabalho, o diretor-geral define seu perfil de gestão como “cauteloso” e participativo no direcionamento das equipes. Para ele, a função de CEO exige atenção redobrada ao mercado, sobretudo em setores de capital intensivo como o de papel e celulose. “O risco de não entender o comportamento do consumo existe. Então, o conhecimento das tendências é fundamental para alocar o capital sem errar a mão. Sem essa leitura apurada, não dá para discutir alocação. Tomamos decisões que repercutem por muito tempo, e eventuais erros no investimento podem prejudicar a organização por décadas”, acrescentou.

Sob sua liderança, a Klabin ampliou a capacidade produtiva de 3,5 milhões para 4,5 milhões de toneladas anuais e triplicou a geração de caixa, medida pelo Ebitda. “Nos últimos anos, com os expressivos investimentos efetuados em aquisições, crescimento orgânico e infraestrutura logística, conquistamos uma melhoria expressiva no ROIC [retorno sobre o capital investido] e ganhos de market share. Assim, encerramos um ciclo importante. E estamos trabalhando na projeção de outro. Em meados de 2027, atingiremos o máximo de produção com esses investimentos realizados”, projetou.

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