
O universitário de 33 anos, alvo de uma operação da Polícia Federal de combate a ações terroristas no Espírito Santo, fazia postagens nas redes sociais exaltando o serial killer norte-americano Charles Manson e o Hamas. As informações foram repassadas pelo delegado federal Leonardo Guimarães.
A operação foi realizada na segunda-feira (16), após o suspeito fazer ameaças a professores e colegas de faculdade, localizada em São Mateus, região Norte do Estado. Os conteúdos das mensagens causaram pânico e prejudicaram o funcionamento das atividades no centro universitário.
O delegado informou que a própria instituição de ensino foi responsável por denunciar o teor das mensagens. Durante a ação foram apreendidos o celular, o computador e anotações do investigado.
Por volta do meio da tarde o centro universitário fez contato informando que o centro de atendimento virtual da faculdade tinha essas mensagens de cunho ameaçador. Ele afirmava que iria degolar pessoas, fazia exaltação ao Hamas e a Charles Manson.
Estudante dizia ser “membro do Hamas”
Além das mensagens, o delegado descreveu que o estudante também realizou alterações no “próprio perfil do aluno” e se autodenominando como “membro do Hamas”.
“Ele falou que ele ia tomar atitudes dentro da faculdade e até mesmo passou um horário: 18h30. Na sequência, o estudante falou ‘vou degolar deficientes também’. Provavelmente ele pretendia fazer um ataque com um objeto cortante”, acrescentou o delegado.
Diante da gravidade da situação, o Plantão da Justiça Federal expediu um mandado de busca e apreensão na residência do universitário. “Tudo aconteceu praticamente no mesmo dia, desde a descoberta das mensagens até a prisão”, finalizou Leonardo Guimarães.
Universitário não ficou preso
O universitário chegou a ser detido, mas não ficou preso. Isso aconteceu porque, segundo o delegado, foi apresentado um laudo médico que aponta problemas psiquiátricos. Entretanto, Guimarães afirma que há “dúvidas quanto ao laudo” e as investigações continuam.
Os materiais apreendidos – celular, computador e anotações – foram encaminhados para análise para identificar possíveis outros envolvidos, especialmente em ambiente virtual.
O suspeito poderá responder por crime previsto na Lei Antiterrorismo. Caso condenado, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.