As compras de sapatos, especialmente botas, pela internet ajudaram a movimentar os boxes de sapateiros que trabalham em frente à Prefeitura Municipal de Feira de Santana. O Acorda Cidade esteve no local para conversar com os sapateiros sobre a procura pelos serviços, e eles informaram que um dos serviços mais requisitados este ano foi o ajuste de botas.
“Muita gente compra as botas pela internet e traz para a gente fazer os ajustes. Às vezes fica maior, outras vezes menor, e nós ajustamos aqui”, afirmou Daiane Santana, que trabalha como sapateira há 20 anos. Segundo ela, a procura por serviços de conserto e ajuste de sapatos está alta este ano.
“É uma época em que ninguém fica parado, tem gente que coloca funcionários para atender à demanda. Uma boa parte das pessoas reaproveita os sapatos de anos anteriores e outra parte ajusta os sapatos novos. A procura está cerca de 70% maior”, afirmou, acrescentando que o preço varia de acordo com o serviço.
Sapateiro experiente, com 40 anos na profissão, Rogério Alcântara afirmou que as botas são os sapatos que mais as pessoas estão levando para consertar. Além de botas usadas, ele também destaca que está recebendo muitas botas novas para ajuste de tamanho.
“A gente está fazendo muito serviço de pintura, salto. Muita gente que compra a bota pela internet e vem apertada ou folgada está vindo para a gente ajustar. A bota fica perfeita para a época do ano. Essa época é de chuva e, geralmente, a pessoa usa a bota que já tem em casa”, afirmou.
Rogério destacou que conserta não só sapatos, mas também bolsas e malas. Segundo ele, este ano a procura pelos serviços começou mais cedo.
“Desde maio, já aumentou a procura. Até pessoas de fora da cidade se anteciparam; teve gente que trouxe duas, três sacolas com sapatos. Eu me preparei e fiz estoque de material para atender à demanda”, afirmou.
Mulheres na profissão
Uma profissão majoritariamente ainda exercida por homens, apenas duas mulheres trabalham como sapateiras nesta praça, em Feira de Santana. Além de Daiane, Valquíria Moraes Santos é a outra mulher que trabalha como sapateira no local. Ela afirmou ao Acorda Cidade que está na profissão há 4 anos.
“Comecei a trabalhar aqui devido ao desemprego. Meu irmão é sapateiro, e ele me chamou. Já aprendi muita coisa, e é uma profissão que precisa de paciência. Eu gosto muito da profissão e pretendo continuar”, afirmou.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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