Você já lavou o cabelo de manhã e, no fim do dia, a raiz já estava colada na testa, enquanto as pontas pareciam palha? Esse contraste é mais comum do que se imagina — e frustrante. O nome técnico pode ser “cabelos mistos”, mas para quem lida com isso no espelho, a sensação é de que nenhum produto resolve. A boa notícia é que existe um corte de cabelo que alivia esse problema logo nos primeiros dias e ainda valoriza o seu visual.
O corte ideal para cabelos oleosos
Quando o assunto é cabelo oleoso na raiz e seco nas pontas, o erro mais comum é achar que só o shampoo faz milagre. A verdade é que o corte certo pode ajudar — e muito. Os cabeleireiros recomendam cortes em camadas leves ou repicados, que criam movimento e ventilação no couro cabeludo, reduzindo o acúmulo de oleosidade.
Esse tipo de corte favorece a circulação do ar entre os fios, evitando que a oleosidade fique “presa” junto à pele. Além disso, diminui a necessidade de escovar e manipular as pontas, o que evita o ressecamento ainda maior da parte inferior do cabelo.
Evite cortes retos e pesados
Cabelos com corte reto, principalmente em formato “cortina” ou estilo “long bob chapado”, concentram os fios sobre a raiz, abafando o couro cabeludo e intensificando a produção de sebo. Isso contribui diretamente para aquele visual pesado e brilhante na parte de cima.
Além disso, cortes pesados exigem mais ferramentas de calor — como chapinha e secador — para manter a forma, o que resseca ainda mais as pontas. Ou seja, a raiz fica cada vez mais oleosa e as pontas, mais quebradiças.
Como o corte em camadas equilibra os extremos
Ao adotar camadas bem distribuídas, o cabelo ganha leveza na raiz e movimento nas pontas. Isso reduz a oleosidade porque diminui o contato direto com o couro cabeludo e melhora a oxigenação. As pontas, por outro lado, são beneficiadas por uma menor sobrecarga de calor e manipulação.
Cabelos cacheados ou ondulados se dão muito bem com cortes em camadas, pois realçam a textura natural e ajudam a distribuir melhor o volume, evitando o efeito “raiz grudada e pontas espigadas”. Já nos cabelos lisos, o ideal é repicar levemente a partir do queixo, criando um visual fluido sem pesar na parte superior.
Cuidados que potencializam o efeito do corte
Claro que o corte certo precisa vir acompanhado de uma rotina de cuidados inteligentes. Use shampoo específico para controle de oleosidade apenas na raiz, e aplique condicionador e máscaras hidratantes somente no comprimento e nas pontas. Isso evita o acúmulo de produto onde já há excesso de sebo.
Outra dica é evitar lavar o cabelo com água muito quente, que estimula ainda mais a oleosidade. Prefira sempre água morna ou fria e finalize com um jato frio do secador para selar as cutículas e manter o brilho natural.
O que observar ao longo das semanas
Nos primeiros dias após o corte, você deve notar que a raiz “respira” melhor e demora mais para ficar oleosa. As pontas, por sua vez, ficarão mais flexíveis e com aparência saudável. Isso acontece porque o corte remove pontas duplas, reduz a carga nos fios e favorece a distribuição natural da oleosidade.
Após um mês, é comum que o cabelo esteja mais equilibrado e com aparência uniforme. A manutenção ideal é a cada 2 a 3 meses, justamente para renovar as camadas sem alterar demais o comprimento — principalmente se você estiver deixando o cabelo crescer.
Quando o corte não resolve sozinho
Se mesmo com o corte ideal e os cuidados certos o seu cabelo continuar desequilibrado, pode ser um sinal de que o problema está relacionado à alimentação, ao estresse ou ao uso de produtos errados. Nesses casos, vale consultar um tricologista ou dermatologista, que pode indicar tratamentos tópicos ou ajustes na sua rotina hormonal ou alimentar.
Mas, para a maioria das pessoas, um bom corte já é meio caminho andado — e você percebe a diferença no dia seguinte.
