Caprichoso realiza Boi de Rua com cortejo duplo pelas ruas de Parintins


Pela primeira vez, o bumbá azul e branco levou às ruas dois cortejos simultâneos, com saídas nos bairros Palmares e Francesa – redutos do boi – reunindo milhares de torcedores. Caprichoso inova e realiza Boi de Rua com cortejo duplo pelas ruas de Parintins.
Patrick Marques/g1 AM
Parintins viveu uma noite de festa e tradição neste sábado (21), com a realização de mais uma edição do Boi de Rua, tradicional evento do Boi Caprichoso. Pela primeira vez, o bumbá azul e branco levou às ruas dois cortejos simultâneos, com saídas nos bairros Palmares e Francesa – redutos do boi – reunindo milhares de torcedores.
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Um grupo de torcedores saiu do ginásio Seo Jovem, no Palmares, e outro da Rua Sá Peixoto, na Francesa. Os dois grupos seguiram em clima de festa até se encontrarem na Avenida Amazonas. O trajeto passou por locais emblemáticos da história do boi.
Quem aguardava ansioso pelo início do cortejo, era Eudes Maciel, sua esposa e filhos, na frente do ginásio Seo Jovem. Eles estavam acompanhados de um boi Caprichoso que foi feito por ele, do tamanho das crianças. O boi, na verdade era uma caixa de cervejas feita por ele para o evento.
“Todo ano a gente cria expectativa pra cada pôr de rua que cada ano seja melhor. gente vem pra se divertir. Todo ano a gente bem. Eu e a família inteira. A geleira do Caprichoso, já tinha uns três anos que eu estava querendo fazer, mas eu nunca tive a oportunidade, porque o trabalho não deixava. Esse ano, eu criei e trouxemos pra brincar”, contou.
Eudes Maciel, sua esposa e filhos, na frente do ginásio Seo Jovem durante o Boi de Rua do Caprichoso.
Patrick Marques/g1 AM
Criado nos moldes atuais em 2001, o Boi de Rua foi uma proposta do então presidente do Conselho de Artes, João do Carmo, o “Careca”, com o objetivo de resgatar uma tradição popular e devolver o boi ao seu povo.
Desde então, o cortejo se tornou um símbolo da ligação afetiva entre o Caprichoso e sua torcida.
Aposentada passou paixão pelo Boi Caprichoso para filhos e netos.
Matheus Castro/Rede Amazônica
Na edição deste ano não foi diferente. Por onde passou, o cortejo foi recebido por torcedores e moradores do “lado” azul da ilha, que enfeitaram suas casas para receber o touro negro. O momento foi de emoção para quem brinca o boi desde a década passada, como é o caso da aposentada Maria Batista, de 83 anos.
“Nossa família é Caprichoso. É a herança que recebi dos meus pais e que passei para os meus filhos e netos”.
Para o presidente do Conselho de Artes do boi, Ericky Nakanome, o boi saiu para visitar seus baluartes.
“O Caprichoso tradicionalmente sai do seu berço, o Esconde, o Urubuzal, tantos nomes para um só canto, a Francesa. Esse ano a gente teve o privilégio de, em tempo de retomada, a gente sair também daqui do Palmares, o lugar onde eu moro, o lugar da rua dos artistas, da rua dos trabalhadores, ou seja, são essas pessoas que fizeram os artistas do Galpão, que se tornaram os bailarinos, os brincantes da tribo”, disse.
Caprichoso inova e realiza Boi de Rua com cortejo duplo pelas ruas de Parintins.
Matheus Castro/Rede Amazônica
A edição deste ano também contou com uma estrutura ampliada: dois trios elétricos, duas bandas, dois grupos de Marujada e itens individuais nos dois pontos de partida.
A multidão azulada seguiu animada até a Praça da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, passou pela histórica Rua Cordovil e encerrou a noite no Anfiteatro Sila Marçal, na Praça dos Bois, onde aconteceu o grande encontro dos itens oficiais com o público.
Caprichoso inova e realiza Boi de Rua com cortejo duplo pelas ruas de Parintins.
Matheus Castro/Rede Amazônica
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