Defesa de Marcelo Câmara recorre da prisão e nega violação de cautelares

Réu por tentativa de golpe de Estado em 2022 é suspeito de manter contato com Mauro Cid pra obter informações sobre delação. Prisão ocorreu por ordem de Alexandre de Moraes na semana passada. A defesa do ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Costa Câmara recorreu nesta segunda-feira (23) da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve a prisão preventiva.
Os advogados de Câmara ainda negaram violação das medidas cautelares.
Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, é preso pela PF
O ex-assessor foi preso na semana passada, dia 18 de junho, em Sobradinho (DF), após ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Na decisão, o magistrado apontou que Câmara e o advogado tentaram obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ele é réu no Supremo, no âmbito do processo que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.
Ordem de prisão
Ao determinar a prisão, na quarta passada, Moraes apontou que “a tentativa, por meio de seu advogado, de obter informações então sigilosas do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid indica o perigo gerado pelo estado de liberdade do réu Marcelo Costa Câmara, em tentativa de embaraço às investigações”.
Segundo Moraes, Câmara descumpriu medidas cautelares impostas no inquérito que apura a atuação de uma organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado. Ainda de acordo com o ministro, o comportamento revela “completo desprezo” pelo STF e pelo Poder Judiciário.
O ministro cita informações prestadas pela própria defesa de Câmara que apontam o descumprimento de duas determinações expressas: a proibição de utilização de redes sociais, seja de forma direta ou indireta, e a vedação de manter qualquer tipo de contato com os demais investigados, inclusive por intermédio de terceiros.
– Esta reportagem está em atualização
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