Advogado é preso suspeito de atuar como mensageiro de organização criminosa no Amapá


Prisão ocorreu na manhã desta quarta-feira (25), em Macapá. Investigações foram feitas no período de 6 meses. Defesa do acusado disse que a prisão foi feita baseada em fatos passados. Advogado é preso suspeito de atuar como mensageiro de organizações criminosas
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Um advogado criminal foi preso na manhã desta quarta-feira (25) pela Polícia Civil do Amapá suspeito de levar informações a uma organização criminosa, que atua dentro e fora do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), em Macapá.
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O advogado já tinha sido preso anteriormente, por tentar entrar na penitenciária com um aparelho celular. Ele estava sendo investigado desde então.
As investigações apontaram que o conteúdo repassado era relativo ao tráfico de armas, drogas e movimentação dos valores atribuídos à cada prática criminosa.
Sobre a investigação
Advogado deve passar por audiência de custódia
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Segundo o delegado Estéfano Santos, titular da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), a investigação foi realizada no período de 6 meses.
“A gente conseguiu acesso às conversas, aos diálogos, a essa movimentação que ele fazia, o translado de informações. Sempre visitando a penitenciária e marcando encontro com os subordinados. Pegava as ordens, anotava e levava pros internos”, explicou o delegado.
O delegado disse ainda que ação do advogado facilitava a atuação livre no crime das lideranças das organizações.
“Fomentava a continuidade das ações criminosas por parte das lideranças que estavam reclusas da penitenciária de segurança máxima do estado. Esses internos repassavam as ordens pra esse advogado que levava até o subordinado dessa facção criminosa […] Com essa atuação dele como mensageiro, continuavam as atividades criminosas livremente mesmo reclusos”, concluiu.
Sobre a prisão
Na operação foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, domiciliar e pessoal, além do mandado de prisão preventiva. O homem foi preso em via pública. Ao prestar depoimento, o advogado usou o direito de permanecer calado. Com ele, foram apreendidos os aparelhos eletrônicos de uso pessoal e documentos.
O homem passou pelo exame de corpo de delito e aguarda a audiência de custódia. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá, Israel Gonçalves da Graça, alegou que a prisão se trata de um equívoco.
O que diz a defesa?
“A OAB está atuando junto com a defesa para depor a verdade e obviamente repor depois o direito de indenização do nosso colega. Há a campanha difamatória da advocacia em rede social. Todo advogado luta todo dia por justiça e hoje o que está acontecendo é um grave equívoco. Nosso colega teve a liberdade cerceada sem a presença das prerrogativas. É o momento da gente enfrentar os problemas de frente e resolver”, disse o presidente.
A defesa do acusado disse que a condenação foi feita baseada em fatos passados e que não há pendências relacionadas ao episódio anterior que levou o homem ao réu primário.
“Trata-se de fatos pretéritos, não tem contemporaneidade. É o requentamento de um episódio que já foi resolvido e inclusive solucionado pela via judicial e mais uma vez lamentamos a campanha da criminalização da advocacia criminal”, disse o advogado de defesa Ozeas Nunes.
Quais as diferenças entre a prisão temporária e a preventiva?
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