A Ecovias 101 garantiu a continuidade da gestão da BR-101 em um leilão sem concorrência realizado nesta quinta-feira (26), na B3, em São Paulo, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes. O acordo trata da otimização do contrato para garantir melhoria da infraestrutura rodoviária da rodovia.
Ao todo, 25 cidades do Espírito Santo e uma da Bahia serão beneficiadas pelo investimento de R$ 10 bilhões que vai garantir mais segurança e eficiência ao longo dos quase 480 quilômetros que ligam Mimoso do Sul a Mucuri (BA) e a retomada de obras paralisadas.
A modernização do contrato de concessão, firmado em 2013, prevê a duplicação de 172 quilômetros de vias, 41 quilômetros de faixas adicionais, 51 quilômetros de contornos e também a criação de dois Pontos de Parada e Descanso (PPD) para caminhoneiros.
A Ecovias 101 foi a única na disputa. A concessionária apresentou a proposta de tarifa básica de pedágio de R$ 0,05525 por quilômetro para trechos homogêneos de pista simples. O critério para vencer o leilão era apresentar o maior desconto sobre a tarifa.
Em 2022, a Ecovias 101 pediu a devolução da concessão, alegando dificuldades financeiras para cumprir com o contrato. O Tribunal de Contas da União (TCU), no entanto, aprovou uma solução consensual para reorganizar os investimentos e otimizar o acordo. Com as alterações, a concessão precisou novamente ser apresentada ao mercado em leilão.
O diretor-presidente da concessionária, Marcelo Guidotti, disse que “as coisas infelizmente não foram como a gente queria”, mas que nunca desistiram de resgatar e resolver o projeto.
“Encontramos ao longo do caminho um parceiro como o governador Renato Casagrande que sempre nos ajudou a ver soluções para melhorar e levar finalmente a este contrato”.
Guidotti também pontuou que a otimização do contrato foi positiva para garantir a modernização da rodovia:
Vamos ter pesagem automática em todo o trecho, postos de descanso para os caminhoneiros, descontos a usuários frequentes… é realmente uma virada de página excepcional.
Casagrande, que era governador na época do primeiro leilão, disse que a expectativa ao longo dos anos foram se tornando um pesadelo, mas que agora há esperança novamente.
“A descrença tomou conta dos capixabas e nós estamos esperançosos novamente de que possamos ter, a partir deste momento, com o TCU envolvido, investimentos potencializados”.
Ele também ressaltou a relevância da BR-101 para o Estado. “O Espírito Santo tem a melhor organização administrativa do país e, por sermos um Estado pequeno, dependemos muito da logística para gerar oportunidades e ajudar o Brasil a se desenvolver”.
Resolver a BR-101 é, para nós, essencial. A BR-101 é um gargalo, uma obstrução ao nosso desenvolvimento, e a gente ter a certeza, a esperança, da solução deste assunto, ajuda muito no nosso desenvolvimento.
Renato Casagrande.
O governador também pontuou que a empresa nunca deixou de fazer os investimentos necessários e que, agora, o contrato vai impulsionar o turismo e a competitividade do Estado. “Não somos o maior Estado do Brasil, então devemos tentar ser o melhor, o mais competitivo”.
