Curta-metragem mistura teatro de sombras e cinema para abordar impactos da era digital

O Coletivo Catarse lança nesta sexta-feira (27) o curta-metragem Enquanto a luz não chega, uma produção que une teatro de sombras e cinema para abordar como as tecnologias digitais influenciam os vínculos e a percepção da realidade. A estreia será as 19h no Maria Maria Espaço Cultural, no Centro Histórico de Porto Alegre, com exibição gratuita e transmissão ao vivo pelo canal do coletivo no YouTube – o vídeo ficará disponível apenas durante a sessão.

A agenda de lançamento inclui outras três exibições: no dia 1º de julho pela manhã no Ponto de Cultura TV Restinga, à noite no Quilombo do Sopapo, e em 3 de julho no Museu da Comunicação Hipólito José da Costa.

A trama acompanha Ciça e Téo, dois personagens inseridos em uma rotina permeada por redes sociais e realidades digitais. Diante de um colapso energético no Sul do Brasil, os protagonistas se veem obrigados a lidar com a ausência de conexão tecnológica, enfrentando conflitos internos e redescobrindo formas de se relacionar.

Inspirado livremente no romance Enquanto a noite não chega, de Josué Guimarães, o filme inverte a lógica narrativa da obra literária e propõe uma jornada que transita entre o real e o simbólico. A escolha pelo teatro de sombras como recurso estético busca intensificar as subjetividades envolvidas na história.

No elenco estão Ana Delarte, conhecida por atuações em produções independentes como Ainda Orangotangos (2006), e Gustavo Cardoso, com passagem por curtas e séries televisivas. A eles se junta Anderson Gonçalves, também integrante de outros projetos do Coletivo Catarse, trazendo elementos de manipulação de bonecos à encenação.

A direção e o roteiro são de Gustavo Türck e Têmis Nicolaidis, com direção de arte assinada por Alexandre Fávero, da Cia Teatro Lumbra. A trilha sonora original foi composta por Marcelo Cougo, com participações de Ângelo Primon, Jéssica Nucci e William Abreu.

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As gravações aconteceram entre março e abril de 2025 em diferentes espaços culturais de Porto Alegre, como a Comuna do Arvoredo, o Garden Café e o Teatro dos Vampiros. As cenas de sombra foram realizadas no Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo, em Morro Reuter, voltado a iniciativas de arte, educação e meio ambiente.

Contemplado pela Lei Paulo Gustavo em Porto Alegre, o curta integra a linha de apoio à produção de filmes de curta-metragem e tem classificação indicativa de 12 anos.

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